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40 ANOS: O CAMPO DOS SONHOS DA GM

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      Imagine uma área equivalente a 160 mil campos de futebol, onde o assunto é sempre “automóveis”. Na teoria e na prática. O Campo de Provas da Cruz Alta, da General Motors, é assim, e conta não só com laboratórios de última geração e várias pistas de teste, como é o maior do gênero no Hemisfério Sul. VW, Ford e Fiat, por exemplo, não tem esse tipo de estrutura no Brasil. Um verdadeiro “campo dos sonhos” do mundo do automóvel.

     Localizado na cidade de Indaiatuba (SP), o CPCA é responsável pelo desenvolvimento dos modelos Chevrolet no país e também faz trabalhos de engenharia para diversos países e outras divisões da GM. Este ano o Campo de Provas da Cruz Alta completa 40 anos. Como um dos maiores centros de desenvolvimento de automóveis do mundo. São sete laboratórios tecnológicos e 16 tipos de pistas de teste.

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     O objetivo de toda essa gigantesca estrutura é desenvolver e validar os veículos para que tenham a maior eficiência possível e resistam às mais variadas condições de pavimento, clima e tráfego, como os que irão enfrentar ao longo de sua vida útil. Além de auxiliar no desenvolvimento de projetos futuros, o campo de provas também é importante no aprimoramento constante dos modelos que estão em linha sendo vendidos no mercado.

4000 PEÇAS

     Um automóvel atual tem, em média, 4.000 peças, e tudo precisa ser testado à exaustão. Por isso o “período de gestação” de um carro, desde o desenho até o lançamento no mercado, dura de dois a três anos.

 

     Até mesmo uma simples reestilização na grade ou no pára-choque do veículo exige nova bateria de avaliações, pois é preciso verificar se a mudança não influenciará negativamente a captação ou o direcionamento do fluxo de ar que vai para o motor, o que resultaria em perda de desempenho e até mesmo maior nível de ruído

     Isso tudo permite que os Chevrolet vendidos aqui e em outros mercados tenham elevado nível de robustez, conforto e segurança veicular. Ao todo, são mais de 600 profissionais -entre mecânicos, engenheiros e motoristas de teste- que se revezam dia e noite em testes laboratoriais e de pistas. Em seis meses é possível simular o desgaste que um automóvel sofreria se rodasse por 10 anos em condições normais de trânsito.

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     Uma das etapas a que os projetos são submetidos é passar pelas pistas de durabilidade, que reproduzem o uso do veículo em condições severas. Para isso, as pistas tem vários tipos de pavimento, como asfalto liso e irregular, buracos, valetas, trilhos e até paralelepípedos, permitindo a análise correta dos resultados de deterioração estrutural do veículo e de seus componentes em tempo reduzido, para antecipar as correções necessárias.

CIRCULAR

     Um dos circuitos que mais chama atenção é a Pista Circular. Com 4,3 quilômetros de extensão e inclinação que chega a 56 graus, ele simula uma reta infinita. A 160 km/h, por exemplo, o carro contorna a pista sem que o motorista precise controlar o volante. Entre os testes feitos ali, estão os de arrefecimento do motor, consumo de combustível e velocidade máxima. Mas antes de um carro novo chegar aos testes de rodagem, cada um dos seus componentes e sistemas precisa ser minuciosamente validado, ou seja, checado, rechecado e aprovado.

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     Um dos laboratórios pelo qual o componente ou conjunto de peças passa é o de Testes Estruturais. Lá, há robôs que executam movimentos repetitivos para certificar, por exemplo, que o fecho do cinto de segurança e a trava da porta são capazes de funcionar por milhares de vezes, interruptamente. Cada tipo de componente tem um determinado nível-padrão de exigência de durabilidade. O sistema de abertura do capô de um carro Chevrolet tem que funcionar ao menos 30 mil vezes.

     Só depois que a peça é completamente aprovada no CPCA é que pode começar a ser produzida em série. E caso haja qualquer mudança no material ou no desenho do item, por mais sutil que seja, o processo precisa todo volta a ser repetido, para garantir que não haverá risco de falha.

CRASH TEST

     Uma das avaliações mais caras e complexas que um automóvel enfrenta são os crash tests, ou testes de impacto. A GM certifica seus produtos para que ofereçam proteção aos ocupantes em colisões dianteira, lateral, traseira e capotamento, além de proteção a pedestres. O Laboratório de Segurança Veicular tem capacidade de executar testes atendendo todos os padrões internacionais de segurança.

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     Os ensaios de impacto são “tripulados” por bonecos especiais, conhecido como “crash test dummies”. Pela complexidade tecnológica, alguns deles chegam a custar mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) e possuem sensores capazes de mensurar com precisão a gravidade das lesões.

     O CPCA é o segundo maior dos campos de provas da GM no mundo –atrás apenas do de Milford, nos Estados Unidos-, e também presta serviços de testes a filiais internacionais e outras marcas da companhia, como a Cadillac. O centro ainda desenvolveu as versões tailandesa e australiana da Trailblazer e da S10, além dos modelos Spin e Cobalt que são produzidos na Indonésia e no Uzbequistão para o mercado russo.

O COMPLEXO

     Com acesso restrito a visitas, por conta da quantidade de “segredos” que roda por lá dia e noite. Por ano, o CPCA raliza cerca de 16 mil testes de laboratório e rodagem. Existe até um grupo que cuida da afinação do som dos motores.

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     Os laboratórios são; Análise de Emissões (inaugurado em 1979), Segurança Veicular (1997), Ruídos e Vibrações (1997), Testes Estruturais (2000), Desenvolvimento de Ar Condicionado, Ventilação e Arrefecimento (2000), Eletroeletrônica ( 2009) e Dinâmica Veicular (2013). Já as pistas de testes são: Durabilidade Acelerada (com 4000 m), Reta em Nível (5200 m), Poeira (2900 m), Durabilidade D1 (4600 m), Durabilidade D2 (2400 m), Tortura (700 m), Testes de Corrosão (1250 m), Circular (4300 m), Ruídos Externos e Aceleração Lateral (500 m), Off-Road (3300 m), Tráfego Urbano ( 20 mil m2), Ruídos Internos (3200 m), Rampas (800 m) e Black Lake (120 mil m2).

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