Quem são os donos das finadas marcas inglesas?
Das populares marcas Triumph, Austin e Rover, até as exóticas Vanden Plas, Jensen Motors, Jowett e Hillman, muitas empresas britânicas desapareceram durante o Século XX, umas por serem inviáveis financeiramente, outras adquiridas por grupos bem mais poderosos. Em comum, eram carros ruins, que quebravam muito e viraram piada mundo afora. AUTO&TÉCNICA foi à procura das marcas que, mesmo problemáticas, deixaram saudade e fazem parte da história do automóvel.
Austin (1905-1987)
Responsável por motorizar o Reino Unido no Século XX, com os modelos Seven, Mini, 1100/1300 e Metro, a Austin perdeu grande parte do seu mercado a partir da década de 1970. A marca Austin é detida pela Shanghai Automotive Industries Corporation.
Daimler (1896-2007)
Ao lado de fabricantes de prestígio, como a Bentley e a Rolls-Royce, a Daimler é um dos símbolos de luxo do Reino Unido, abastecendo as garagens da monarquia desde 1902. Mas também produziu modelos esportivos, como o SP250 Dart com motor V8. Em 1960, a Jaguar adquiriu a marca, utilizando-a nos seus modelos top de linha até 2007. Com a passagem da Jaguar Land Rover para as mãos dos indianos da Tata Motors, a Daimler também mudou de donos.
Hillman (1907-1976)
Um dos maiores fabricantes europeus do Século XX, a Hillman criou alguns dos automóveis mais importantes da indústria inglesa, como o Imp (1963-1976) com motor traseiro, o familiar Avenger ou o clássico Minx. Em 1967, quando a Chrysler assumiu o controle da empresa, a marca foi esquecida e em 1979 vendida à Peugeot.
Jensen Motors (1934-1976, 1998-2002)
De fornecedora de carrocerias para automóveis e caminhões, a uma marca de renome na construção de GTs -como o icônico Interceptor– a Jensen teve várias encarnações. Em 2002 a marca foi entregue a administradores de empresas falidas.
Jowett (1901-1954)
Após a Segunda Guerra Mundial, a Jowett Cars dedicou-se à fabricação de automóveis esportivos, tecnologicamente avançados para aqueles tempos, como os modelos Javelin e Jupiter. Porém, em meados da década de 1950, as vendas e produção começaram a minguar, levando a marca à falência.
Morris (1913-1984)
Em meados da década de 1920, a Morris detinha 42% do mercado do Reino Unido. No entanto, tamanha liderança foi vítima da má gestão da BMC, British Leyland e Austin Rover. O Ital, um facelift do Marina, foi o derradeiro automóvel produzido pela marca, detida agora pela Shanghai Automotive Industries Corporation.
Riley (1890-1969)
Tal como a Wolseley, a Riley foi adquirida por William Morris para servir como vitrine de qualidade no seu programa de diversificação das linhas. O resultado foram modelos como o Riley Kestrel, de 1968, baseado no Morris 1100. A marca é detida pela BMW.
Rover (1878-2005)
A Rover é outro exemplo de uma marca que chegou a ser referência no segmento de luxo, para apenas para definhar nas mãos da British Leyland. Mais tarde, foi anexada pela dupla Honda e BMW, mas a aventura MG Rover terminaria em 2005. Atualmente pertence à Tata Motors.
Triumph (1885-2004)
Muitos atribuem o encerrar de atividades da Triumph –uma marca criada em 1921 e que ficou famosa pelas motos e automóveis– à maldição da British Leyland. Os últimos automóveis produzidos pela Triumph, foram os populares esportivos TR. Atualmente pertence à BMW.
Vanden Plas (1870-2009)
Tendo começado em 1890 na Bélgica, como fabricante de carrocerias de luxo, a Vanden Plas foi adotada por marcas inglesas como a Daimler, Bentley, Alvis e Rolls-Royce em 1913. O nome “Vanden Plas” foi comprado pela Austin após a Segunda Guerra Mundial, e utilizado para as versões melhor equipadas dos modelos Princess, 1100 e Allegro, mas também como sub-marca de luxo dos modelos da Rover e Jaguar. Atualmente a Vanden Plas pertence à Shanghai Automotive Industries Corporation.
Wolseley (1901-1975)
Detentora de enorme popularidade na década de 1920, a Wolseley foi adquirida por William Morris em 1927. A série 18-22, de 1975 foi o último automóvel fabricado pela Wolseley. Atualmente a marca é propriedade da Shanghai Automotive Industries Corporation.
