Classic Cars

Alfa Romeo 1929 de Mussolini vai ser restaurado

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No mundo dos automóveis realmente clássicos, qualquer Alfa Romeo pré-guerra é um objeto altamente desejável, independente da sua condição. Mas junte a isso o fato deste exemplar em particular ter sido propriedade de um ditador da Segunda Guerra Mundial, e torna-se mais do que apenas um trecho da história do automóvel, mas a própria história em si.
 

O Alfa foi transformado em carro de competição.


E é exatamente isso mesmo que o Alfa Romeo 6C 1750 SS 1929 é, já que o seu primeiro proprietário foi o ditador italiano Benito Mussolini, que o adquiriu em 1930 por 60 mil liras. O modelo de chassi número 6C0312898 pertence agora um norte-americano, e foi recentemente enviado para o Reino Unido, para ser submetido a um trabalho de restauração completo por parte de Thornley Kelham.

O carro de Mussolini, em seus tempos de glória.


 
Este modelo foi o primeiro Alfa Romeo construído com dupla comando de válvulas, tendo como base o P2, um carro de competição da época. Um dos míseros 200 exemplares construídos, exibia motor de seis cilindros em linha e poderia atingir velocidades superiores a 180 km/h. Pelo que se sabe, em 1937 Mussolini vendeu o 6C 1750 SS para a Eritreia, uma colônia italiana na época, onde foi transformado num carro de corrida, sendo o seu chassi e carroceria bastante alterados.



Hoje, apenas o chassi, eixo traseiro e caixa de câmbio são originais, mas o restauro visa devolver este Alfa Romeo ao seu estado original, o mesmo que tinha quando pertenceu a Benito Mussolini.

Uma das raras facetas boas de Mussolini, pouco conhecida, era sua paixão pelos automóveis e por competições automobilísticas. Este exemplar do Alfa Romeo 6C 1750 -encarroçado por Stabilimenti Farina (hoje Pininfarina) é bom exemplo disso; Mussolini o adquiriu o carro novinho na Alfa Romeo com a ideia de participar de corridas na Itália.

Ficou pouco tempo com Mussolini. Desde que foi vendido, passou por vários donos na Itália, até que foi comprado por um certo Renato Tigillo em 1937, que o levou para a Eritrea, na África Oriental. Muito descaracterizado, continuou sua carreira nas piores pistas do planeta, mas pouco se sabe dos diferentes proprietários que teve. Foi encontrado há poucos anos, felizmente.


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