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ANÚNCIO COM MICHAEL SCHUMACHER CAUSA REVOLTA

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Um anúncio numa revista com a imagem de Michael Schumacher está causando muita polêmica na Alemanha, por ser considerado uma absoluta falta de respeito diante do delicado estado de saúde do heptacampeão mundial de Fórmula 1.

A empresa alemã Hasia assinou um contrato de publicidade com Schumacher para divulgar uma água mineral. O acordo e os anúncios, para várias plataformas, foram feitos semanas antes do acidente de esqui que deixou o alemão em coma.

A Hasia decidiu cancelar os anúncios para veiculação em televisão e rádio, além de outdoors, logo após o acidente. Mas decidiu levar adiante a publicidade numa revista.

Os fãs de Schumacher não gostaram do que viram e consideraram que a imagem do ex-piloto estava sendo explorada, aproveitando a onda de solidariedade em torno do alemão. Os comentários negativos logo invadiram as redes sociais.

A empresa não emitiu qualquer comunicado sobre o assunto.

Por outro lado, a total recuperação de Michael Schumacher, que continua em coma induzido há mais de dois meses, depois do acidente, parece cada vez mais improvável. Quem disse isso são vários especialistas em neurocirurgia, quando perguntados sobre o atual estado do ex-piloto de Fórmula 1. Ainda que os médicos tenham iniciado alguns procedimentos para acordar o alemão do coma induzido, as perspectivas são pouco otimistas. Esta é uma fase que pode se prolongar por muito tempo, e a opinião geral é de que, quanto mais tempo dura o coma, menores são as possibilidades de sucesso na recuperação.

Para piorar o quadro, os últimos exames de Schumacher revelam alguma deterioração da estrutura cerebral em zonas não diretamente afetadas pela pancada na rocha e onde antes não eram visíveis problemas. “O fato dele não ter ainda acordado significa que as lesões são muito graves e que 100% de recuperação é improvável”, explicou Tipu Aziz, professor de neurocirurgia na Universidade de Oxford.

Outros especialistas consideram prematuro fazer prognósticos. Cerca de 90% dos processos de recuperação acontecem após nove ou  12 meses, dizem, e por isso consideram prudente aguardar. E o problema agora é detectar o que, dois meses após o acidente, a parte do cérebro de Schumacher – que não foi afetada diretamente pela queda – está fazendo.

“Os recentes scans no cérebro de Schumacher podem indicar uma deterioração secundária na estrutura cerebral”, explicou Colin Shieff, neurocirurgião no Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia de Londres, que adianta que “partes do cérebro de Schumacher que não tenham sido afetadas com o acidente podem agora começar a dar sinais preocupantes que não eram visíveis antes.”

A família mantém-se em silêncio e não fornece notícias, pedindo apenas respeito pela sua privacidade. Um dos riscos apontados pelos neurologistas é a possibilidade de Schumacher, mesmo acordando do coma, não conseguir voltar a se comunicar.


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