Audi prevê o fim da linha de montagem. E para logo
A Audi está prevendo que as linhas de montagem de automóveis, como as conhecemos hoje em dia, estão com os dias contados, e que nos próximos 10 anos este sistema de fabricação em cadeia contínua deverá desaparecer e dar origem a um método de montagem modular.
Isto com certeza será mais um dos elementos a se adicionar à revolução anunciada para o mundo do automóvel nos próximos 10 anos. E será mesmo um detalhe bastante representativo desta gigantesca transformação, já que significa o desaparecimento do processo produtivo imaginado por Henry Ford para o Model T há mais de 100 anos, e que depois foi também implantado para a produção em massa em muitas outras indústrias.
A Audi acredita que uma das razões para o desaparecimento da linha de montagem tradicional vem do fato de que, com a crescente diversidade de modelos, se torna mais difícil controlar um conjunto de processos sequenciais e rígidos. Uma transformação com foco na mobilidade elétrica, já que a montagem destes modelos obriga a que sejam retirados das linhas de produção para a montagem das baterias e motores elétricos. Isso custa tempo, e tempo é dinheiro no setor automotivo. Um dos exemplos desta situação é o híbrido Audi A3 Sportback e-tron, que passa por sete estações de trabalho paralelas em comparação aos “irmãos” com motores de combustão.
A solução para isso passa por uma revolução dos métodos, que dará origem à montagem modular de carros, que em vez de uma linha contínua de produção passará a contar com “ilhas” isoladas para os diversos componentes, coordenadas por um ou dois funcionários, que assim vão “poder trabalhar em ritmo contínuo porque já não vão ter que se adaptar à velocidade da linha”.
Para transferir as viaturas entre as várias seções, a Audi imagina que serão utilizados meios de transporte autônomos, acompanhados de um segundo sistema de fornecimento dos componentes também sem intervenção humana para abastecer estas estações de trabalho individualizadas.