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AUDI Q3: SUV NA DOSE CERTA

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Os SUVs estão encolhendo de tamanho, uma forma de se tornarem politicamente corretos. Menores, se comportam melhor no trânsito das cidades e consomem menos combustível. Com os Audi acontece o mesmo. Começou com o Q7, passou para o médio Q5 e, agora, chegou ao segmento compacto com o Q3, que começará a ser vendido no Brasil em maio. Aqui estarão disponíveis duas versões, equipadas com o mesmo motor 2.0 turbo com injeção direta de gasolina: com 170 cv ou 211 cv, ambas com tração integral.

A plataforma é básicamente a mesma do Volkswagen Tiguan, também usada no Audi A3, Golf, Passat e Jetta. Mas em nada o Q3 lembra o primo pobre, ou melhor, menos afortunado. O desenho é mais esportivo, misturando o estilo dos cupês e wagons. Na dianteira, nenhuma dúvida de que estamos diante de um Audi, incluindo as lanternas traseiras incorporadas à tampa, como nos Q5 e Q7. Para diminuir peso, a tampa traseira e o capô são de alumínio.

Traseira tem desenho elegante e esportivo.

O interior é luxuoso, e agrada pela qualidade de construção e materiais empregados. No painel, uma tela de sete polegadas exibe informações de áudio, várias funções do carro e do GPS. O espaço traseiro  acomoda bem dois adultos, e o porta-malas tem 460 litros de capacidade. Não é um carro grande. O Cx, coeficiente de penetração aerodinâmica é de 0,32, uma boa marca.

COMPORTAMENTO

Pela tela é feita a seleção do Audi Drive Select (no modelo de 211 cv) nas posições Conforto, Auto, Dinâmico e Eficiência/Economia. Esse programa muda o comportamento do carro, alterando acelerador, direção, câmbio, amortecedores, ar-condicionado e cruise control. Já equipa outros carros da Audi, mas no Q3 há ainda a roda-livre. Funciona assim: no modo de Eficiência/Economia, o câmbio desacopla a embreagem enquanto o carro segue numa descida, o que reduz o consumo. Mas para isso o acelerador não pode estar pressionado, a pista não pode ter inclinação maior que 12% e a velocidade deve estar abaixo dos 20 km/h. Uma “banguela” controlada. Um Audi do passado, os DKW, também tinham sistema de roda-livre.

Aerodinâmica: Cx é de 0,32, uma boa marca.

É o primeiro dos três utilitários da Audi com motor transversal. O 2.0 turbo na versão de 211 cv tem torque de 30,6 mkgf entre 1.800 e 4.900 rpm, e o de 170 cv tem 28,5 mkgf entre 1.700 a 4.200 rpm. O câmbio é o S-Tronic automatizado, com dupla embreagem e sete marchas. O motor fornece torque quase imediato, e funciona suave e silencioso. As trocas de marcha  —automáticas ou manuais, feitas junto ao volante ou pela alavanca — são precisas e muito rápidas, quase imperceptíveis.

O sistema de tração integral do Q3 prioriza o acionamento das rodas dianteiras, diferente dos Q7 e Q5, com motor longitudinal, que repartem o de torque entre os eixos. Na avaliação que AUTO&TÉCNICA fez do modelos, notamos que a Audi buscou dar uma pitada esportiva no carro. Tudo se comporta como se estivessemos ao volante de um carro esportivo, que a Audi sabe tão bem oferecer.

ELETRÔNICA

Outro ponto em que o Q3 se diferencia dos SUVs maiores da marca é a suspensão, que segue o conceito do A3, com sistema McPherson na frente, multibraço atrás e controle eletrônico dos amortecedores. Tudo no Q3 foi projetado e ajustado para garantir segurança.

No topo do painel, informações na tela.

A Audi equipou o Q3 com um bom “pacote” eletrônico. Além do sistema automático de estacionamento (é só frear e usar o câmbio, como no Tiguan), há ainda como monitorar o que se aproxima pelo ponto cego dos retrovisores (motoboys…); controle de troca de faixa e leitura de placas de velocidade nas vías, com o limite indicado no painel.

O que pareceu mais interesante para nós foi o sistema que controla a troca de faixa. Ele faz a leitura das faixas da via, e detecta se o carro está sendo dirigido na trajetória correta. No caso de troca de faixa sem serem acionados os piscas (o que indica manobra involuntária), o Q3 aciona a direção para voltar ao meio da faixa. Se for algo mais exagerado, soa também um aviso sonoro.

Lanternas incorporadas à tampa traseira.

A Audi não definiu ainda a lista de itens de série e opcionais, mas já adiantou que o carro terá airbags frontais, laterais e de cortina; fixação Isofix para cadeira infantil; controle eletrônico de estabilidade e tração; teto solar panorâmico; abertura e fechamento de portas e partida sem uso de chave; sistema de som Bose com 14 alto-falantes e faróis bixenônio. As rodas são aro 17 na versão 170 cv, sendo opcional as aro 18, as mesmas que são de série no 211 cv. Além da potência extra, a versão de 211 cv traz mais equipamentos de série. A produção é em Martorell, na Espanha.

Como os equipamentos, os preços também não estão definidos. A Audi estima entre R$ 160 mil e R$ 190 mil. Os concorrentes, nesse caso, são o BMW X1 28i (R$ 199 mil),  Range Rover Evoque (a partir de R$ 165 mil) e o Volvo XC60 (R$ 175 mil o top).

– Leia mais na revista AUTO&TÉCNICA


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