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Automóvel: investimento inteligente?

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O ano era 1990 quando o então presidente Fernando Collor fez uso do dispositivo “Empréstimo Compulsório”, numa tentativa de garantir a liquidez da economia, bloqueando os saldos de cadernetas de poupança e ficando conhecida como “confisco”. Empréstimo compulsório é um tipo de tributo que só pode ser instituído em casos excepcionais, conforme reza a Constituição de 1988, que prevê a adoção de empréstimo compulsório nas hipóteses de guerra ou calamidade pública. Hoje, o que o mundo inteiro –e o Brasil junto– vive é exatamente isso, uma situação de guerra contra uma calamidade pública, por conta do coronavírus. O Governo é outro, os tempos são outros, mas o caos financeiro não escolhe quando nem quem vai tirar para dançar.

por Renato Pereira, especial para Auto&Técnica

Na época, houve uma grande comoção nacional, com resultados aparentemente impensados decorrentes do desespero absoluto de quem se viu, de uma hora para outra, com apenas 50 “dinheiros” no bolso, e aconteceram suicídios, cometidos aos borbotões.

Era de se esperar que o brasileiro, já tão “calejado”, tivesse aprendido as manhas e artimanhas aplicadas pelos governos, sejam de que ideologia forem, que as usam e abusam quando se veem colocados na parede; nesses momentos, não existe compaixão, são medidas de guerra mesmo. A história existe para ensinar o que se deve e o que não se pode fazer, como esperar alienadamente pelos acontecimentos, por exemplo.

Nós, meros mortais, os “café-pequenos” da economia, já deveríamos ter a noção de que, de repente, estaremos com uma mão na frente e a outra também, a menos que façamos a roda da economia girar. Tudo bem que temos de nos ater a todas as prevenções recomendadas, tomar todos os cuidados possíveis, porém, isso não implica ficarmos estáticos à espera de um milagre. Ou do tiro de misericórdia.

“Fazer a roda girar”, neste caso, implica movimentar a economia de modo que o tal tiro não nos atinja diretamente entre os olhos. Trocar as economias investidas em contas ou aplicações por propriedades sólidas, inexpugnáveis e de alta liquidez, é a mais perfeita alternativa para não sermos pegos desprevenidos novamente. Como comprar um carro.

“Comprar carro num momento desses?”, questionarão os mais céticos. Sim, responderão os ponderados. Não se trata de adquirir um carro premium para ostentação, e sim um investimento intocável por quem quer que seja. E com muito maior liquidez do que um imóvel, por exemplo. Não é de hoje que as grandes fortunas investem em automóveis, para se preservarem financeiramente.

O mercado de super-esportivos está aí para confirmar essa vertente econômica. Um Koeniggseg Agera não existe para seu proprietário acelerar a 400 km/h, existe para garantir que seus mais de R$ 12 milhões estejam à mão do dono assim que ele precisar, tanto quanto os R$ 150 mil de carro nacional semi-novo Premium.

O valor exemplificado acima é bem variável. A Automotive São Paulo –uma das 10 maiores empresas independentes especializadas em veículos Premium novos e semi-novos do Brasil– é um bom exemplo. Em seu estoque, figuram modelos cujos valores variam dos R$100 mil de um Mercedes-Benz C200 aos R$375 mil de uma Maserati Ghibli QS4, passando por uma grande gama de ofertas dos modelos de maior mercado tanto em seus países de origem quanto no Brasil, como BMW X6, Range Rover Sport, Audi TT, Mini Paceman John Cooper Works, Porsche Cayenne, Aston Martin Vantage e Jaguar E-Pace, entre outros, além dos modelos de menor valor porém com o mesmo nível de qualidade e excelência.

É claro que existem boas ofertas no mercado. E é claro que existe uma preocupação grande por parte de quem pretende comprar um semi-novo Premium. Não é interessante investir em um automóvel à guisa de se prevenir de prejuízos oriundos do impensado, e dar de cara com problemas sobre problemas integrantes “do combo” de um veículo de procedência desconhecida, com histórico duvidoso.

Se a ideia é investir para se garantir, procurar as melhores lojas especializadas, que ofereçam sempre as melhores unidades, com todos os documentos, laudos e perícias oficiais, todas as garantias e preços compatíveis com o produto e o mercado, é a melhor alternativa. Sem Coronavírus, claro!

Em matéria de investimento e cautela financeira, mais vale um bom automóvel bem guardado na garagem do que uma soma de dinheiro pronta para ser “tomada emprestada” sem seu consentimento, não é? Afinal, gato escaldado tem medo de todo tipo de água…


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