BREVE NO BRASIL? JÁ ACELERAMOS O NISSAN JUKE NISMO
A Nissan tem feito do pequeno SUV Juke o cartão de visitas da sua irreverência. O carrinho se tornou sucesso imediato, os concorrentes não param de ser despejados no mercado e ele já está sendo cotado para ser importado para cá. Das várias versões especiais deste pequeno SUV, esta é a mais esportiva: Juke 1.6 DIG-T NISMO.
AUTO&TÉCNICA foi até os Estados Unidos para descobrir a razão de tanto fascínio causado pelo modelo. O Nissan Juke é mais um daqueles carros que têm o dom de levar a extremos a opinião dos consumidores: uns amam, outros odeiam. Enquanto a maioria dos automóveis prefere ficar na unanimidade da mesmice, o Juke tem na ousadia seu maior argumento de sedução.
Na versão Nismo –iniciais de NISsan MOtorsport– o que era irreverente ficou ainda mais ousado, resultado das várias alterações que o departamento esportivo da Nissan fez no Juke. Portanto, como manda a tradição numa versão esportiva, o exagero visual está garantido. O Juke traz linhas ousadas e realmente diferentes do convencional.
NA CALIFORNIA
Rodando com ele pelo sul da Califórnia, a quantidade de olhares indiscretos que recebemos –nós e o Juke, mais ele, claro- indica que o objetivo da marca foi cumprido. O Juke Nismo causa impacto, seja pelas enormes rodas de aro 18, pelos parachoques mais esportivos com detalhes em vermelho ou até pelo orgulho de ostentar a plaqueta “Nismo”.
Sentado ao volante, somos agraciados por um interior que transpira desempenho. Os bancos são fantásticos, tanto em termos de ergonomia como em visual, graças aos acabamentos em camurça, material presente também no volante. Devidamente instalados, em segundos sentimos que estamos em casa, prontos para desfrutar o carrinho.
A emoção está garantida, graças aos 200 cv de potência disponibilizados pelo motor 1.6 DIG-T Turbo –o mesmo que equipa o Renault Clio RS 200 EDC europeu– e a vontade de acelerar e usufruir dessa potência é quase incontrolável. Com 200 cv de potência máxima e 25 mkgf de torque máximo, o Juke acelera de zero a 100 km/h em 7.8 segundos, e chega aos 215 km/h. Toda essa disposição chega às rodas dianteiras por meio de uma caixa de câmbio de seis velocidades.
BOM DE CURVA
Nas retas está tudo bem, mas como será nas curvas? Tudo nos Estados Unidos tem que ser feito com discreção, pois a polícia brota de todos os lados. Nas primeiras curvas já descobrimos a boa contenção da carroceria, sem rolling acentuado. Embora o Juke Nismo tenha o centro de gravidade alto, o acerto da suspensão é muito bom, capaz até de proporcionar algum conforto, em se tratando de um esportivo. Em curvas mais fechadas, o Juke precisa de trajetórias mais largas para manter a velocidade, perdendo um pouco de tempo. Mas isso sem perder a diversão! Acertando o momento certo de soltar o carro de uma curva para outra, fica mais fácil praticar uma pilotagem mais esportiva no Juke Nismo.
Quem não gosta muito de brincadeiras é a carteira. Rodando com ele em ritmo muito acima do normal, é possível chegar a marcas de consumo de 7,5 km/litro. Em uma tocada mais despreocupada e com algumas acelerações, o 1.6 turbo até consegue fazer médias mais aceitáveis, em torno de 12,3 km/litro. Já guiando de olho no consumo, com muito cuidado e correndo o risco de dormir abraçado ao volante, consegue-se média de 14 km/litro.
Resumindo, o Nissan Juke 1.6 DIG-T NISMO oferece tudo aquilo de bom que a linha disponibiliza em mercados de Primeiro Mundo, com dois extras muito bem-vindos: a potência do motor e o comportamento dinâmico.
Para os que gostaram do desenho do Juke e o consumo não for problema, aqui está uma excelente opção. A marca pode trazer essa versão top para o Brasil, para disputar um pequeno nicho de mercado com o Citroën DS5 e Mini, por exemplo.