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Cannabis nos carros da Volkswagen (mas para outro uso…)

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O tempo do “paz e amor”, dos anos 1960 e seus hippies, pode estar voltando para a Volkswagen. Brincadeiras a parte, depois de cerca de cinco mil anos fornecendo um pouco de tudo –de remédios a cordas e velas para barcos, até momentos de “alegria”– a Volkswagen pretende agora introduzir o “produto” preferido do movimento hippie num automóvel, na forma de um material biológico, sustentável reciclável e econômico. Isso mesmo, a partir de 2028, a Volkswagen quer produzir como alternativa ao couro algo 100% orgânico e, junto com a startup alemã Revoltech, pretendem fazer revestimentos para interiores de seus carros a partir da planta cannabis, a popular maconha, a partir de um biomaterial feito de resíduos de cânhamo, que pode imitar o couro animal para os revestimentos internos dos veículos.

por Marcos Cesar Silva

O material é de camada única (mais fácil de reciclar) e tem o nome LOVR registrado, em referência a “sem couro, sem óleo, vegano e à base de resíduos”. O produto não só tem origem biológica, mas também é reciclado, já que provém de resíduos industriais, que não teriam outro destino depois da sua vida dentro de um carro. Assim, esse não-couro poderá ser reciclado ou compostado novamente, explicou a Volkswagen, uma vez que os adesivos utilizados também serão totalmente biológicos.

O próximo passo, antes de industrializar o material (que muitos afirmam já estarem sendo usados em fábricas já existentes), deverá verificar a sua adequação para cumprir os rigorosos e variados requisitos para a utilização na indústria automotiva, como segurança e resistência, entre outros. Obviamente, não poderá ser fumado…

Depois de ter encontrado muitas aplicações durante milênios no cânhamo e na maconha (a mesma espécie vegetal, Cannabis Sativa), em 1961 as Nações Unidas interromperam o crescimento dessa cultura. O chamado cânhamo industrial (aquele que seria utilizado pela Volkswagen) na União Europeia, é uma variante com baixo teor de THC (a substância psicoativa), inferior a 0,3%.


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