Tecnologia

Carro autônomo ou “semi-autônomo”: cinco níveis para definir

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Esta realidade é inevitável: os caros autônomos estão chegando. E mais rápido do que se imagina. Cada vez mai se fala nesse tipo de condução, mas muitas vezes cometendo um ou outro erro, apesar de  existirem normas técnicas e limites claros (definidas pela SAE, Society of Automotive Engineers), que deixa bem explícito até onde chegam os “auxiliares de condução” e onde começam os sistemas autônomos. Na verdade “carro autônomo” é apenas aquele onde qualquer dos ocupantes é apenas passageiros; nos demais casos, são sistemas mais ou menos evoluídos de auxílio à direção, que muitas marcas exploram como carros “semi-autônomos”. Apenas uma forma de enganar o consumidor.
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Em qualquer dos casos, tudo se desenvolve em torno de sistemas aplicados para aumentar a segurança ativa (aqueles recursos que entram em ação a partir do acontecimento de um acidente), capazes de oferecer as mais diversas potencialidades e com mais ou menos sistemas de captura de informação e de gestão.

NÍVEL 0 – Onde se encaixa a maioria dos carros brasileiros. Refere-se aos veículos onde tudo é controlado pelo motorista. Automóveis desprovidos de qualquer sistema de “cruise control” (controlador de velocidade), assistência a manobras de emergência, alertas de ultrapassagem da faixa de rodagem ou aviso da presença de outros veículos no chamado ângulo morto de visibilidade.

NÍVEL 1 – Carros onde estão disponíveis um ou mais sistemas de “assistência”. O mais comum talvez seja o “cruise control”, que permite manter a velocidade de cruzeiro estabilizada. Alertas de ultrapassagem da faixa de rodagem ou aviso da presença de outros veículos no chamado ângulo morto de visibilidade são outras propostas que hoje fazem parte do equipamento de série ou opcional em quase todos os segmentos do mercado.

NÍVEL 2 – Soluções mais evoluídas das propostas que surgem no Nível 1 levam ao patamar seguinte, onde se pode falar em “automatização parcial” graças a módulos de gestão eletrónica capazes de coordenar a informação recolhida por sistemas de radar ou sensores. Desta forma, o “cruise control adaptativo”, por exemplo, permite que o veículo reduza automaticamente a velocidade à aproximação de outro que esteja rodando mais lento à sua frente. O sistema de “frenagem de emergência”, que alerta o motorista para a aproximação de um obstáculo, pode (em alguns casos) frear de forma autônoma se o motorista não reagir aos avisos. A correção automática da direção em casos de ultrapassagem das marcações das faixas de rodagem, é outro exemplo.

NÍVEL 3 – Neste nível, entramos no terreno em que muitos se referem como “condução semi-autônoma”. O veículo é capaz de controlar todos as outras interfer6encias da via e a sinalização vertical e horizontal e, rodando com o “cruise control adaptativo” ligado, até é capaz de efetuar uma ultrapassagem, mas só o faz se for autorizado pelo motorista, que na maioria dos casos apenas tem de acionar a alavanca do pisca para a esquerda. Mesmo assim o motorista é elemento fundamental, e em muitos casos o próprio veículo pede que ele reassuma o controle.

Neste nível há sistemas mais ou menos evoluídos, mas na maioria dos países os construtores têm que obetr autorizações específicas para utilizar estes veículos em testes nas vias públicas.

NÍVEL 4 – Agora sim estamos no nível da condução autônoma real, mas a segurança exige que o motorista supervisione o desempenho do seu automóvel, apesar dele ser tecnicamente capaz de monitorar tudo o que se passa à sua volta. Por isso é um pouco exagerado batizá-lo de “Autopilot”, como faz a Tesla, tanto que aconteceram acidentes que deixaram claro que a segurança não é total. Na Europa ainda há um vazio legal para este tipo de automóveis.

NÍVEL 5 – Aqui chega-se ao que se espera de um carro realmente autônomo, que define os veículos onde qualquer dos ocupantes é mero passageiro. Não existem dúvidas de que este é o futuro.


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