Tecnologia

Carro elétrico da Ford usará plataforma VW

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Agora é oficial. O carro elétrico da Ford recorrerá à plataforma MEB, a mesma do Volkswagen ID.3. Isso mesmo, de uma possibilidade ao anúncio oficial. A recém criada aliança entre Ford e a Volkswagen fará da plataforma MEB a base do futuro elétrico da marca norte-americana.

Volkswagen ID.3
O VW ID.3

 

O que começou com uma parceria para o desenvolvimento de veículos comerciais e picapes entre Ford e Volkswagen, acabou de ser ampliada para o desenvolvimento de veículos elétricos e também em investimento na Argo AI, empresa que desenvolve sistemas para condução autônoma de nível 4.

Confirmado está pelo menos um modelo elétrico com a marca Ford, e outros em discussão. O novo modelo derivará da plataforma MEB, a base de componentes da Volkswagen dedicada a veículos elétricos, cujo primeiro produto será o ID.3, a ser exibido no próximo Salão de Frankfurt, no início de setembro.

O objetivo da Ford é vender 600 mil unidades do seu novo veículo elétrico durante seis anos, começando em 2023. Este será desenvolvido no centro de pesquisas da Ford em Köln-Merkenich, na Alemanha, com a Volkswagen fornecendo peças e componentes MEB (Modular Electric Toolkit).

Herbert Diess, CEO da Volkswagen; Jim Hackett, CEO e Presidente da FordHerbert Diess, chefão da Volkswagen, e Jim Hackett, CEO e presidente da Ford

 

A produção do novo modelo também será feita na Europa, com a Ford precisando converter uma das suas fábricas. O acordo celebrado com a Volkswagen é apenas mais uma parte do investimento superior a US$ 10 bilhões por parte da Ford para veículos elétricos em nível global.

O desenvolvimento da arquitetura e componentes MEB foi iniciado pela Volkswagen em 2016, o que corresponde a investimento superior a US$ 6 bilhões. A MEB será a base dos futuros modelos elétricos do grupo alemão, estando previstas a produção de 15 milhões de unidades durante a próxima década, distribuídas pela Volkswagen, Audi, SEAT e Skoda.

A Ford torna-se, assim, no primeiro fabricante a licenciar a MEB. O construtor alemão já tinha revelado anteriormente que estaria disponível para licenciar a MEB a outras marcas, um passo fundamental para garantir os volumes e economias de escala para rentabilizar o investimento, algo extremamente difícil para a indústria, quase impossível, nesta fase inicial da transição para a mobilidade elétrica.

A Argo AI, que é a empresa dedicada ao desenvolvido de sistemas para condução autônoma de nível 4, acaba de se tornar uma das mais importantes do setor em nível global, após o anúncio da Ford e da Volkswagen -construtores com quem trabalhará de forma mais próxima- apesar de estar aberta a outros.

Jim Hackett, CEO e Presidente da Ford; Bryan Salesky, CEO da Argo AI, e Herbert Diess, CEO da Volkswagen.
Jim Hackett, da Ford; Bryan Salesky, da Argo AI, e Herbert Diess, da Volkswagen.

A Volkswagen investirá US$ 2,3 bilhões, aproximadamente US$ 1 bilhão de investimento direto com o restante vindo da integração da sua própria empresa Autonomous Intelligent Driving (AID) e os seus mais de 200 funcionários. Investimento que vem na sequencia do já anunciado anteriormente pela Ford de US$ 1 bilhão; a valorização da Argo AI é agora superior a US$ 6 bilhões.

O acordo entre a Ford e a Volkswagen as torna detentoras de partes iguais da Argo AI —criada por ex-funcionários da Uber Technologies e Waymo—, e ambos serão os principais investidores da empresa, detendo uma parte considerável desta.

A AID passará a ser, assim, a central da Argo AI na Europa, baseado em Munique, Alemanha. Com esta integração, o número de funcionários da Argo AI crescerá de 500 para mais de 700 em nível global.

 

 

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