China: Volkswagen transforma Jetta em nova marca de automóvel
Jetta deixa de ser o nome de um carro e passa a ser uma nova marca de automóvel do Grupo Volkswagen, exclusiva para a China. Na sua lista de modelos, tempos por exemplo os SUV da SEAT. Parece até um convescote da ONU: marca alemã, submarca chinesa e modelos espanhóis…
O Volkswagen Jetta, nome bastante conhecido no mundo do automóvel, prepara-se para voos mais altos, ao ser promovido e transformado em marca própria. Para os que não estão familiarizados, Jetta é o nome de um sedã da Volkswagen, com relações bastante estreitas com o Golf desde que foi lançado em 1979.
Um fato que também comprova a importância deste nome na China onde, de acordo com a Volkswagen, o nome Jetta é extremamente valioso. Tal como o Fusca no Brasil, coube ao Jetta papel fundamental em motorizar a China.
“Na China, o Jetta tem papel extremamente valioso para nós como modelo da Volkswagen. Trouxe mobilidade para as massas, como o Fusca fez na Europa. (…) Até os dias de hoje, é um dos Volkswagen mais populares na China, um verdadeiro ícone. É por isso que estamos transformando o modelo numa marca pela primeira vez na história da Volkswagen, estabelecendo uma linha separada de marca e modelos”. Jürgen Stackmann, do conselho de administação da Volkswagen, responsável por vendas.
Para entender esta decisão do Grupo alemão, é preciso tentar compreender a imensidão do mercado chinês. Apesar de ter registrado a primeira queda em duas décadas em 2018, foram vendidos, mesmo assim, mais de 28 milhões de carros ; o segundo maior mercado mundial, os Estados Unidos, está a uma distância considerável, com 17 milhões de unidades, 11 milhões a menos.
O mercado chinês é gigante o suficiente para ser dividido em regiões e tratadas como se fossem mercados independentes, com estratégias diferenciadas e até modelos específicos. Esta é apenas uma das razões que leva a Volkswagen a ter na China vários sedãs num mesmo segmento.
Graças às duas joint-ventures chinesas, com a FAW e a SAIC, a Volkswagen é a líder daquele mercado, mas ainda existem lacunas para preencher por lá.
É nesse ponto que surgiu a oportunidade para uma nova marca, a Jetta —em parceria com a FAW—, com um alvo demográfico mais jovem em mente, integrados numa classe média crescente à procura de mobilidade individual, ou seja, que começam a ter condições para adquirir o seu primeiro carro.
A nova marca chinesa deverá chegar ao mercado no terceiro trimestre deste ano, e a ofertaa inicial será composta por três modelos: um sedãe dois SUVs. O três volumes é o Volkswagen Jetta chinês (imagem acima) já conhecido . Ao contrário dos Jetta ocidentais, a segunda geração chinesa abandonou a ligação com o Golf e é uma versão do Skoda Rapid e SEAT Toledo (de quarta geração) comercializados na Europa.
Como não daria para chamar o novo modelo de Jetta Jetta, foi rebatizado de Jetta VA3. E como podemos observar, apresenta identidade própria, com grade e símbolo específicos para diferenciar dos restantes Volkswagen.
Os dois SUVs são denominados de Jetta VS5 e Jetta VS7 e também são familiares: versões do SEAT Ateca (nas imagens) e SEAT Tarraco, que também receberam tratamento diferenciado na dianteira.
Anos 1980: praticamente um Golf sedã, quem diria que o nome Jetta poderia virar marca?