Citroën BX e Volvo Tundra: separados ao nascer
A indústria automotiva está repletas de histórias -boas e ruins- para contar, e hoje AUTO&TÉCNICA relembra uma das mais curiosas: a do Volvo que virou Citroën.
por Ricardo Caruso
Este Volvo parece familiar? Se a você parece familiar, não estranhe. Foi deste estudo que nasceu o Citroën BX, um dos modelos mais bem sucedidos da marca francesa. O BX chegou a ser vendido no Brasil, mas não causou grande impacto. Mas vamos por partes, porque esta história é das mais interessantes.
Tudo começou no ano de 1979, quando a marca sueca Volvo, já pensando em preparar o sucessor do seu sedã 343, solicitou os serviços de desenho ao prestigiado estúdio da Bertone. Os suecos queriam um carro que fosse inovador e futurista, um modelo que lançasse a marca em direção da modernidade.
Infelizmente o protótipo idealizado por Bertone, batizado com o nome Tundra, era tão avançado em termos de desenho que não agradou aos executivos da Volvo. E os italianos da Bertone, mesmo gostando muito do bresultado final, não tiveram outro caminho a não ser guardar o projeto no arquivo. É aqui que a Citroën entra na história e se dá bem.
Os franceses, que sempre foram mais ousados e vanguardistas do que a Volvo naqueles anos 1980, foram apresentados ao projeto rejeitado do Tundra e viram nele uma excelente base de trabalho para aquele que viria a ser o BX. E assim foi.
Nessa, a Citroën praticamente comprou por “atacado” o desenho de um dos seus “best-sellers” dos anos 1980 e 1990. Um estilo que serviu para orientar outros sucessos da marca, como por exemplo, o Citroen Ax. As semelhanças entre o Tundra, BX e outros carros estão aí para quem quiser comparar.