Classic Cars

CONFIRA: TOP 10 DOS CARROS ITALIANOS

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Dizem que o melhor carro do mundo seria aquele de desenho italiano, mecânica alemã e exagero norte-americano. Pode ser isso mesmo. Ao elaborar uma lista dos 10 mais impactantes carros italianos -em nossa humilde opinião, claro- é preciso permitir algumas licenças e focalizar o exótico. Afinal, se os italianos mandam bem no design, não deixam por menos na extravagância. Confira.

10. Alfa Romeo Spider

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O Alfa Spider foi produzido entre 1966 e 1994, com discretas mudanças estéticas. A pequena Alfa foi muitas vezes apelidada de “Ferrari dos pobres”, mas isso até pode ser visto como um elogio. Sobreviveu ao tempo e ficou bem cotada entre os jornalistas especializados e pelo público, pelas belas linhas. dirigibilidade agradável e carroceria conversível.

Lançada no Salão de Genebra em março de 1966, utilizava inicialmente motor 1.6 de quatro cilindros, com o de 1.750 cm3 apresentado em 1967 e um menor, de 1.290 cm3 (num carro mais básico) acrescentado em 1968. A Alfa Romeo continuou a refinar o carrinho nas décadas seguintes, mas manteve o estilo do original, que só saiu de linha em 1994.

9. Maserati 250F

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A Maserati 250F é considerada por muitos como o mais bonito dos carros de Grand Prix do início da Fórmula 1. No momento em que o automobilismo colocava os fabricantes em evidência, foi o 250F que notabilizou a Maserati como uma marca top, em especial depois da Segunda Guerra Mundial.

A 250F soma 277 vitórias em seu currículo ao longo da década de 1950, com pilotos que vão de Juan Manuel Fangio a Stirling Moss. Foi lançada em 1954, e o primeiro carro foi pilotado por Fangio no GP da Argentina, onde ganhou logo na estréia.

Inicialmente, a 250F tinha freios a tambor e motor 2.5 de seis cilindros em linha, mas em 1957 a  Maserati passou a usar freios a disco e motores V12 de 315 cv, aumento de 75 cv. Na temporada de 1958, a 250F já estava superada, e tinha cumprido seu papel. Por isso se mantém até hoje como referência dos GPs dos anos 1950.

8. Ferrari 250 GTO

Mesmo em 1962, a 250 GTO era especial. Nos Estados Unidos os compradores não só tinham de ser aprovados pelo distribuidor norte-americano, como também pelo próprio Enzo Ferrari. Era preciso merecer estar ao volante de uma. Hoje em dia, as 250 GTO são cotadas em mais de US$ 30 milhões, saindo da aristocracia para a realeza do mundo dos automóveis.

A 250 GTO foi produzida para competir nas corridas de Gran Turismo. Utilizava o motor 3.0V12 dao Ferrari 250 Testa Rossa. Chegou com carroceria cupê bem aerodinâmica, desenvolvida em túnel de vento. A 250 GTO foi um das últimas cupês com motor dianteiro a correr de maneira competitiva e com sucesso, antes da configuração motor dianteiro/tração traseira se tornar obsoleta.

7. Lancia Delta Integrale

Estas linhas criadas por Giorgio Guigiaro chegaram em 1979 (embora o Integrale só tenha sido criado em 1986) e sobreviveu até 1994, com versões modificadas cada vez mais insanas. O desenho original não só se estendeu ao longo de três décadas, mas tornou-se o carro de rali mais bem sucedido de todos os tempos, conquistando seis campeonatos do Mundo.

A Delta Integrale foi lançada inicialmente com um motor 2.0 turbo de oito válvulas, e foi seguido por uma versão mais potente de 16 válvulas do mesmo motor. Esse carro é agora tão cobiçado quanto as Ferrari e outros esportivos da época. As suspensões foram bem desenvolvidas e garantem impressionante estabilidade, muito acima mesmo dos padrões de hoje, graças ao seu sistema de tração nas quatro rodas, que lhe dá o nome e virtudes para envergonhar muitos esportivos.

6. Lancia Stratos

A Lancia Stratos foi inspirada por um protótipo da Bertone, apresentado em 1970 no Salão Automóvel de Turim. Foi um dos primeiros veículos de homologação especial, os impulsionadores dos carros espetaculares der rali do Grupo B nos anos 1980. Até o nome indica o seu nível, especial, que sugere influência extraterrestre.

Exatos 492 exemplares da Stratos foram produzidos entre 1972 e 1974, e o carro venceu o Campeonato Mundial de Rali de 1974, 1975 e 1976. Na sua versão de rua usava o motor V6 de 246 cv da Ferrari Dino. Na versão de rali o motor foi modificado e produzia 280 cv, com unidades posteriores chegando aos 560 cv com o uso de um turbocompressor KKK único. A Stratos permanece icônica até aos dias de hoje. Merece todos os elogios.

5. Lamborghini Countach

Escandaloso é o mínimo que se pode dizer do desenho do Lamborghini Countach. A maioria lembra dela por causa do 5000QV, mas isso não faz justiça ao carro original. O LP400, lançado em 1974, tinha desenho único e agressivo, mas manteve a pureza de linhas que a Lamborghini vinha oferecendo. A Countach merece o seu lugar de destaque nesta lista pela simples razão de ter enfeitado mais paredes de quarto de adolescentes do que qualquer outro carro ao longo da década de 1980.

A Lamborghini Countach foi lançado em 1974, movida por um motor 4.0V12 de 375 cv. Apesar da potência relativamente modesta, a Lamborghini indicava velocidade máxima “superior a 320 km/h” e a maioria das pessoas acreditava nisso graças ao seu desenho estonteante. Apesar dos dados anunciados, a Countach nunca conseguiu chegar perto dos 320 km/h. Em 1985, com motor motor 5.2V12 de 455cv, “só” chegava aos 288 km/h. Na realidade, números de desempenho são irrelevantes no caso da Countach, já que tudo gravitava em torno do estilo agressivo e das qualidades que a transformaram em poster.

4. Pagani Zonda

Os fabricantes de supercarros surgem e desaparecem. Geralmente, há muito exagero e alguma indiferença por parte dos que que seguem a indústria automobilística de perto o suficiente para vê-los sucumbir com surpreendente regularidade. A Pagani é uma das raras exceções. Horacio Pagani criou algo com conteúdo, trabalhou para a Lamborghini antes de criar a Pagani Composite Research em 1988 e a Design Modena em 1991. Junte-se a isso a relação de Pagani com a AMG e a base de seus carro fica então sólida. Em 1999 apresentou o belo C12 Zonda.

A Pagani apresentou o Zonda no Salão de Genebra, em 1999, onde recebeu grandes elogios, não só pelo visual, mas por ter sido desenvolvido e construído com muita qualidade, o que não acontecia com os novos fabricantes de supercarros. Todos os Zonda usaram motores AMG V12, com cilindrada entre os 6 e os 7.3 litros, motores potentes e confiáveis. A Pagani desenvolveu o Zonda ao longo da década seguinte, mas os ingredientes principais estiveram lá desde o início: o Zonda era seguro, de comportamento previsível, desenho fantástico, e desempenho alucinante. Inúmeras versões limitadas foram lançadas antes da Pagani substituir o Zonda pelo Huayra em 2011. Foram vendidos sem dificuldades, apesar dos preços acima de US$ 1 milhão. A Pagani veio para ficar.

3. Lamborghini Miura

É discutido até hoje se a Lamborghini Miura foi ou não o primeiro verdadeiro supercarro. Era um automóvel fantástico e aproveitou-se do fato de que a Lamborghini precisava de um  modelo para concorrer com a nata dos esportivos italianos. Sem o Miura é provável que não tivéssemos conhecido algumas das criações ousadas com as quais fomos agraciados nos últimos 40 anos. Afinal, Ferruccio Lamborghini queria construir o definitivo carro GT…

O Miura foi mostrado pela primeira vez à imprensa especializada no Salão de Genebra em 1966, onde chamou muita atenção, apesar de não estar equipado no evento com o 3,9V12, pelo simples fato dele não caber no compartimento do motor… Os primeiros carros eram as P400, e produziam 350 cv. Mas são as SV P400 de 385cv que tem mais seguidores nos dias de hoje.

2. Lamborghini Gallardo

A Lamborghini sempre viveu à beira do desaparecimento. A Volkswagen assumiu o controle da marca em 1998, mas só em 2003, com o lançamento da Gallardo, ela sentiu a força da empresa alemã. A Gallardo é o modelo que simboliza os novos rumos da Lamborghini.

A Gallardo foi recebida com entusiasmo em 2003. Tinha um desenho fantástico e um motor V10 maravilhoso. Apesar dos problemas iniciais com a qualidade de construção e a dirigibilidade meio estranha, pelo menos até 2005, quando o SE foi lançado, a Gallardo se mostrou popular. Foi criticado por alguns por usar muitos componentes da Audi, mas este era na verdade um aspecto positivo importante. O carro era pequeno e prático para ser utilizado pelos proprietários de maneira regular, e a introdução de sucessivas melhorias inauguraram uma nova era na Lamborghini.

1. Ferrari F40

322km/h é a resposta para que não coloca a F40 em primeiro lugar nesta lista. A Ferrari F40 foi um dos primeiros carros de produção a atingir a velocidade máxima de 322km/h (ou 200 mph). Alguns Chrysler para homologação já haviam feito isso nos anos 1960 e 1970. Além da velocidade, ela tinha aspecto de um superesportivo, com um grande aerofólio na traseira, nenhum conforto e muita potência. Foi o modelo que dominou o cenário dos supercarros do final dos anos 1980, e continua venerada até hoje.

A Ferrari produziu exatas 1.315 F40 entre 1987 e 1992. Uma veio parar no Brasil, dizem que como “agrado” para o ex-presidente Collor. Maradona também teve a sua. Não tinha rádio e muito menos ar condicionado, não tinha controle de tração e nem puxadores nas portas (para fechar a porta era preciso puxar um pedaço de fio revestido de plástico). Mas estava equipado com um motor central V8 turbo de 471 cv. Apesar da potência hoje não ser tão espetacular assim, a F40 pesava apenas 1.100 kg, e a entrega de potência era quase absurdamente violenta. Mais tarde, os carros ganharam um catalizador e outras pequenas alterações, mas cada um dos restantes F40 são hoje tão desejáveis como nunca antes o foram.


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