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Curiosidade: por que os crash tests são feitos a 64 km/h?

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Muitos leitores perguntam se há alguma razão específica para que os “crash tests” sejam realizados a 64 km/h e não a outras velocidades. Aqui vai a explicação.

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Os “crash tests” servem para medir os níveis de segurança passiva dos automóveis, ou seja,  a capacidade de um automóvel minimizar as consequências de um acidente, seja por meio de cintos de segurança, barras de proteção lateral, airbags, zonas de deformação programada da carroceria, vidros que não estilhaçam ou pára-choques de alta absorção de energia, entre outros. Realizados pelo Euro NCAP na Europa, pelo IIHS nos Estados Unidos e pelo Latin NCAP na América Latina e Caribe, estes testes consistem em simulações de acidentes em situações reais, realizados à velocidade de 64 km/h.

Embora se registem acidentes muito acima desta velocidade, os estudos comprovam que a esmagadora maioria dos acidentes fatais ocorrem a até 64 km/h. Na maior parte das vezes, quando um veículo não está, por exemplo, a 100 km/h e bate num obstáculo à sua frente, raramente no momento do impacto a velocidade é de 100 km/h. Antes da colisão, o instinto do condutor é tentar imobilizar o veículo o mais depressa possível, o que reduz a velocidade para valores próximos dos 64 km/h.

Além disso, a maioria dos testes de impacto seguem o padrão “Offset 40”. O que é o padrão “Offset 40”? É a tipologia de uma colisão em que apenas 40% da parte dianteira colide com outro objeto. Batida “de quina”. Isto porque na maioria dos acidentes, pelo menos um dos motoristas tenta desviar a trajetória, o que faz com que raramente ocorra um impacto 100% frontal.

 


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