Coluna do Nasser

ROBERTO NASSER: A TROMBADA DO HYUNDAI HB20

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DE CARRO POR AÍ, com Roberto Nasser

A trombada do Hyundai HB20

Organismo internacional privado, com vários apoiadores incluindo a FIA, Federação Internacional do Automóvel, e filial latino americana no Uruguai sob o nome de LatinNCap, se dedica a testar automóveis quanto ao aspecto da segurança. Há dias divulgou dois ensaios recentes, dos novos Ford EcoSport e Hyundai HB20.

Dentro do teto de cinco estrelas o Ford ficou com quatro para a proteção a adultos e três a crianças. O Hyundai foi pior: três para adultos e apenas uma para crianças. A má nota foi porque uma das cadeirinhas para crianças se rompeu com o impacto. Uma estrela significa risco muito elevado.

A Hyundai explica que, como o sistema Isofix – utilizado em todo o mundo civilizado – não é regulamentado no Brasil, forneceu o HB20 com cadeiras não Isofix, aqui permitidas. E pede repetição do teste, com novas cadeiras com padrão Iso – quando houver regulamentação oficial para isto.

Consequência

O Hyundai HB20, feito por esta marca em Piracicaba, SP, é automóvel ruim ?

Com certeza, não. O mau resultado foi consequência de escolha. Como o assunto não está regulamentado, optou pela cadeira não homologada, de menor preço. Solução teoricamente legal, mas o resultado do teste desnudou, nem sempre a omissão da lei permite resultado positivo. Não se sabe quanto tempo ainda o governo federal levará para regulamentar as cadeirinhas para os brasileirinhos e, então, a Hyundai promete submeter unidade legalmente enquadrada a novo teste.

Caminho ruim o de se esconder na omissão legal. Deveria equipar seu HB20 com cadeira Isofix – com certeza algum fornecedor local poderia copiar de homologada no Exterior. E, por dever de responsabilidade ou preservação de imagem, fazer re call de todas as unidades fornecidas com as cadeirinhas fora do padrão, substituindo-as pelas Isofix. Vamos combinar, não se pode deixar ferir, aleijar, matar apenas porque a legislação não está concluída.

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Hyundai HB 20: cadeirinha pode matar.

Roda-a-Roda

1º de Abril ? – A notícia coincidiu com a data, propícia a brincadeiras: a Volkswagen estaria negociando, através da Audi, a aquisição da Alfa Romeo, incluindo uma fábrica na Sicília, onde a Fiat constrói o novo Panda, e a fábrica de auto peças Magneti Marelli.

 

 

Sim ? Não ? – Partes não comentam. Mas conceitualmente, combinemos nada muda, exceto correção construtiva. Alfas não são Alfas há muito tempo, desde que se motorizaram com partes e conceitos Fiat. Com Audi seria o mesmo partido, com plataformas e motorização comum, charme identificativo, porém construção sob rigor alemão. Se vero, sob comando Audi, talvez o nome mude- Aufa.

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Novo Cherokee. Gostou ? Eu gostaria, não fosse Cherokee

Polêmica – Mostrado o sucessor do Cherokee, o mercado estadunidense fendeu. Metade adorou, metade detestou, dizendo ser criação Fiat sobre antigo protótipo Alfa Romeo. O problema é outro. Na cabeça do comprador dos EUA Cherokee é o modelo quadradão, coisa bruta, produzido até 2002. A Jeep já tentou substituí-lo, mas não deu certo. É ícone, e sobre ícone pode haver evolução. Revolução, não.

Quem diria – As marcas japonesas estão perdendo participação no mercado estadunidense para Chrysler, Ford e GM – e também para as coreanas Kia e Hyundai, estes preferidos pelos consumidores jovens. As antigas três grandes agradam na faixa 18/34 anos, e o segredo está em diminuir tamanhos e consumo. Japoneses sofrem. Toyota com problemas de imagem e garantia. Suzuki caiu tanto que foi-se dos EUA, onde vendas da Mitsubishi despencaram.

Do Ano – Sétima geração do Golf foi eleito COTY 2013 – para os não íntimos, e em tradução, Carro do Ano Mundial, 2013. Juri internacional de jornalistas especializados, anúncio no Salão de Nova Iorque.

Baixou – A Audi se acertou com o Programa federal Inova Auto, conseguiu cota de 3.876 veículos sem o pagamento de 30% sobre o IPI, reduzindo preços em tabela. A1 Attraction 2p R$ 80 mil e SUV Q3, versão de entrada, R$ 131 mil.

Chery Celer – Chinês importado, antecipando-se ao modelo a ser produzido e lançado no Brasil em 2014, o Celer segue a linha do co patriota JAC – adaptações ao gosto e peculiaridades brasileiras, carro equipado, preço rebaixado relativamente aos nacionais: hatch a R$ 36 mil e sedã R$ 37 mil.

Caminho– Iniciou simpática campanha por TV sobre os carros pelados, sem equipamentos, no conceito apresentado pela JAC, punido com o aumento de impostos. O nome pode sugerir o inglês Seller, vendedor, mas vem do latim Celere, rápido, talvez inspirado pelo motor ágil, 1.5, 16 válvulas, flex Delphi e 108 cv. Desenho italiano.

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Celer, chinês completo, contra o carro pelado

C4 Loundge – Mostrado no Salão de Paris ano passado, o novo Citroën C4, substituto do Pallas, já está pronto. Na Argentina, onde produzido, chamar-se-á C4L. No Brasil, C4 Loundge. Apresentação, Salão de Buenos Aires, 18. Junho, vendas em setembro. Aqui, final de julho.

Como ? – Assemelha-se aos bons diferenciais estéticos do C5, amplo grupo óptico, entre eixos maior que o Peugeot 408, com quem comuniza peças. Motorização inicial 2.0 e futura 1.6, ambos aspirados, e o motor 1.6 Turbo, deve aumentar os atuais 163 cv. Dentro, o primeiro da categoria com conforto do encosto do banco traseiro inclinável a 29 graus.

Estudantil – Nova série especial da Fiat sobre o Uno Vivace, versão de entrada 1.0, 4 portas: College, marcada externamente pela opção de duas cores, branca e azul, com detalhes em vermelho. É quase completa, portando ar condicionado, direção hidráulica, faróis de neblina, trio elétrico. A R$ 33.470.

Caminho – O Governo Federal estendeu a contensão do IPI até o final do ano. Para manter aquecido o mercado, especialmente depois da queda de 9% nas vendas de março.

DúvidasO imposto é excessivamente elevado e podemos viver sem ele, perdoando a redução ? Ou, na direção contrária, podemos trocar fomento por venda de automóveis pela arrecadação que poderia construir estradas, escolas, postos médicos, prisões ?

Lei – Demorou, mas o Detran de Brasília inicia respeitar a Resolução 404 do Denatran, regulamentando o art 267 do Código de Trânsito Brasileiro. Por ele, o infrator leve, sem multas no último ano, pode ter transformada a multa em advertência. Demorou 15 anos para o contribuinte ter direito reconhecido. Vermelho – Prevê a Ford, suas operações na América do Sul fecharão com prejuízo circa US$ 300M no primeiro trimestre. Confusões, morte de Chávez, bagunçando o mercado venezuelano, queda no argentino, e no Brasil intervalo entre o fim dos antigos início da venda dos sucessores do EcoSport e Ranger, provocaram a queda nas vendas – e participação e faturamento.

Surpresa – Pequena, Sergipe ganhará revenda Volvo Cars, a Stark. Nome significa forte em alemão, e é marca do jipe de projeto nacional, antes produzido em Santa Catarina e agora no Ceará.

Critério – São maleáveis, de marca para marca, os critérios para nomear revendas. Maceió, mercado maior, não dispõe, por exemplo, de concessionário para automóveis Mercedes, com rede superior à da Volvo, nem desta marca.

Toda a vida – Mais antiga das revendas Ford no Brasil, a gaúcha Ribeiro Jung lançou promoção de fidelização para movimentar o mercado no RGS: troca de gratuita de óleo e filtro a quem comprar Fords em sua loja. Não é para o veículo mas para o conjunto comprador + veículo. Vendeu, o segundo dono não aproveita. Diz a revenda, quer crescer negócios em 40%, pela grande economia aos compradores, em torno de R$ 200/troca.

Conforto – Andar de motocicleta Harley Davidson é muito bom – exceto na hora de dar marcha à ré. Pesada, difícil de manobrar, dá saudades de outras marcas. Há solução. A Phoenix, customizadora da marca, oferece conjunto de marcha atrás: R$ 3 mil.

Pelo Ar – Fusão da Two Aviation com a Flex Aero gerou a óbvia Two-Flex, com a maior companhia de carga aérea de aviões de pequeno e médio porte, com 11 bases operacionais e 18 aeronaves Cessna Caravan. Quer elevá-las a 30 e adquirir dois ATR. O mercado de frete aéreo é atrativo e, aparentemente, a empresa pretende beliscar a aviação regional.

Antigo – Mais um integrante do famoso pacote de quatro Rolls-Royce comprados em 1952, contendo o Silver Wraith Formal Cabriolet da Presidência da República, mudou de mãos. Era da então poderosa família carioca Peixoto de Castro, única dona por seis décadas.

História – Remanesce o da Presidência. Outro, de cabine fechada, também ex PR, foi do jornalista Assis Chateaubriand, penhorado e levado à praça em S. Paulo. Hoje, no interior paulista, é alugado a noivas, etccc. Outro mais, com distância entre eixos menor, era de Da. Maria Maluf, mãe do conhecido político e, há alguns anos na garagem do ex senador Gilberto Miranda. A unidade vendida, única não preta e também swb, tinha acreditados 120 mil quilômetros rodados e foi arrematada por R$ 405 mil por adquirente mineiro.

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O Rolls dos Peixoto de Castro, último do curioso pacote.

Gente – Holger Rust, alemão, ex Porsche, novo VP de Recursos Humanos na VW. Desafio. OOOO Sucede recém aposentado Dr Joseph-Fidelis Senn, que fomentou desde florestamento a sociedade em usinas hidro elétricas. OOOO Instigar e aprimorar a mão de obra compõem o desafio para a VW, no projeto de ser a maior do mundo em 2018. OOOO

 

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