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Defeito: GM reconhece culpa em 80 mortes

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A General Motors reconheceu ontem, segunda-feira, que pelo menos 80 pessoas morreram devido a um defeito no sistema de ignição de vários modelos dos seus veículos.

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Estes números foram apurados por um programa criado pela própria GM que está avaliando as reclamações apresentadas por vítimas e familiares, com o objetivo de conceder indenizações e outras compensações. Das 475 reclamações e pedidos de indenização por morte, a GM declarou 80 elegíveis das reivindicações, enquanto 172 foram rejeitadas, 105 consideradas inconsistentes, 91 estão sendo revisadas e 27 não apresentaram documentação.

Ainda segundo o fabricante, o programa recebeu 289 reclamações por lesões de grande gravidade e 3578 pedidos de compensação por lesões menos graves mas que exigiram hospitalização. Deste total, o programa detectou elegíveis 11 reclamações pelas lesões mais graves (como tetraplegia, paraplegia, amputações duplas das extremidades do corpo, danos cerebrais permanentes e queimaduras graves). Das lesões menos graves que exigiram hospitalização, o programa da GM aprovou 137 reclamações.

O defeito do sistema de ignição afetou cerca de 2,6 milhões de veículos produzidos por diferentes marcas da GM há uma década, e que desliga o automóvel subitamente, desconectando sistemas de segurança como o airbag. Os componentes são fornecidos por terceiros, mas cabe à marca a responsabilidade solidária

A GM ocultou este defeito durante anos, mas em fevereiro de 2014 reconheceu que mais de dois milhões e meio de veículos tinham o problema, e que pelo menos 13 pessoas tinham morrido nos Estados Unidos.

A empresa determinou que as famílias das vítimas devidamente comprovadas deverão receber US$ 1 milhão de indenização, desde que abram mão de qualquer ação judicial contra a GM.


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