Delage renasce com superesportivo híbrido de 1130 cv
Desaparecida em 1953, a marca francesa Delage era especializada em carros de luxo e esportivos, que teve o seu auge nos anos 1930. Agora, quase 70 anos após ter fabricado seu último automóvel, está de volta com um superesportivo híbrido, denominado D12. Estão previstas apenas 30 unidades.
Hoje em dia nas mãos de um novo dono, o empresário francês Laurent Tapie, o D12 promete chegar ao mercado em duas versões, Sport e Club. Ambas entusiasmadas pelo mesmo e imponente 7.5V12 aspirado.
Quanto às diferenças, estão no motor elétrico que acompanha o motor de combustão, que no caso da versão Sport, contribui para anunciar a potência máxima de 1.130 cv. No Club, a adoção de um motor elétrico menor, limita a potência anunciada a apenas 1.038 cv…
Diferenças, também, estão no peso, com a versão mais potente tendo 1.400 kg, enquanto a Club fica nos 1.310 kg. Ambas utilizam a mesma transmissão automática de oito velocidades.
Merece destaque, ainda, o fato do Delage D12 utilizar um sistema de suspensão trazido da Fórmula 1 e desenvolvido com o apoio do campeão mundial Jacques Villenneuve, que foi o piloto encarregado do desenvolvimento do carro em pista.
Graças a estes atributos, a Delage fala, desde já, na capacidade de aceleração de zero a 100 km/h em apenas 2,5 segundos, com o novo dono da marca afirmando ter confiança de que o superesportivo será capaz de estabelecer um novo recorde de volta mais rápida em Nürburgring.
Ainda de acordo com o chefão, as previsões são de que apenas 30 unidades do Delage D12, venham a ser produzidas. Sendo que, um dos objetivos de Laurent Tapie, é conseguir fabricar os novos superesportivos na histórica fábrica da marca, em Levallois-Perret, na França.
Só que isso, no entanto, ainda não é certo, já que a utilização da fábrica -hoje em dia um edifício público- está dependendo de um acordo com o governo francês, ainda não assinado
Hoje uma marca praticamente desconhecida do grande público, a Delage foi fundada por Louis Delage, que junto com outras, como a Bugatti, se tornou num dos orgulhosos representantes da indústria francesa de carros de luxo, nos anos 1930. Sua capacidade técnica e de inovação, claramente, marcou o avanço da indústria naquele país, tanto nas ruas como nas pistas.
Entre os melhores momentos da marca de Levallois-Perret nas competições, surgem, por exemplo, os seus inovadores monopostos 2 LCV equipados com motor 2.0V12, além da conquista do Campeonato Mundial de Construtores de 1927, com quatro GPs conquistados. Fora isso, graças ao seu motor 1.5 de oito cilindros, conquistou ainda vários pódios em Le Mans.
