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Depois de recordes de vendas batidos, Stellantis vai investir ainda mais nos eletrificados

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A Stellantis acabou de anunciar os seus resultados financeiros de 2023, e não podiam ser melhores, tendo batido recordes de faturamento e lucro. É um dos grupos automotivos mais jovem —surgiu em 2021 como resultando da fusão da PSA e FCA—, mas já é também um dos mais rentáveis da indústria. Os resultados alcançados em 2023 pela Stellantis reforçam isso: foi um ano de recordes.

da Redação

Durante a apresentação online dos resultados financeiros de 2023, a Stellantis declarou que as receitas líquidas do grupo cresceram 6%, totalizando US$ 204, 256 bilhões, sendo um novo recorde; em 2022 foram US$ 193,531 bilhões. Além das receitas líquidas, também o lucro líquido alcançou novo recorde, totalizando US% 20,070 bilhões, o que significa aumento de 11% em relação a 2022.

Carlos Tavares, diretor executivo Stellantis
Carlos Tavares, chefão da Stellantis, divulgou os resultados extremamente positivos do Grupo.

Se o faturamento e os lucros atingiram níveis invejáveis, a margem operacional ajustada não ficou atrás: 12,8% (13% em 2022). O objetivo inicial, quando foi anunciado o programa estratégico “Dare Forward 2030”, seria o de atingir mais de 12% de margem apenas em 2030.

Além dos resultados financeiros, a Stellantis divulgou o desempenho comercial dos seus elétricos e veículos de baixas emissões (o que inclui híbridos), num momento em que tanto se fala na desaceleração da procura por veículos elétricos. Em nível global, a Stellantis viu as vendas dos seus modelos 100% elétricos a bateria aumentar 21% em comparação com o mesmo período de 2022. Também os modelos de baixas emissões registaram subida de 27% em relação a 2022. Com isso, na Europa a Stellantis alcançou o lugar mais alto do pódio na venda de veículos 100% elétricos a bateria, onde as vendas subiram 38 mil unidades, garantindo a quota de 14,2% desse mercado.

Nos Estados Unidos, são os híbridos plug-in que se destacam, sendo o Grupo Stellantis que lidera as vendas neste tipo de motorização, com 136 mil unidades no total. O destaque é o Jeep Wrangler 4xe, o híbrido plug-in mais vendido por lá.

A Stellantis divulgou o plano “Dare Forward 2030” em março de 2022, e, apesar disso ser muito recente, o Grupo está cada vez mais perto de concretizar todos os seus objetivos de forma prematura. Este plano é baseado em três pilares: Care (Cuidar); Tech (Tecnologia) e Value (Valor). E tem como ambição duplicar a receita líquida até 2030 (em comparação com a de 2021), e manter as margens de lucro operacional ajustado com dois dígitos ao longo da década.

“Os resultados financeiros recorde são a prova de que nos tornamos o novo líder global no nosso setor, e que continuaremos ‘sólidos’ enquanto olhamos para um 2024 que será turbulento. Estamos preparados para enfrentar os vários cenários que possam surgir e continuar a cumprir os nossos objetivos ‘Dare Forward 2030′”. CARLOS TAVARES, diretor executivo da Stellantis.

No resumo do ano passado, o desenvolvimento destes três focos tem mostrado a evolução pretendida, sendo que a Stellantis reduziu as suas emissões absolutas de CO2 em 2023, em comparação com 2021. E mais: no ano passado, o Grupo investiu ainda em seis novas empresas e assinou 49 contratos comerciais com startups.

Este ano de 2024 se mostra mais desafiado que 2023, em especial na evolução da popularização dos automóveis elétricos, mas a Stellantis garantiu que vai se manter firme nos seus planos. O portfólio de elétricos do Grupo vai crescer dos 30 modelos em 2023 para 48 modelos em 2024 (mais 60%). Isso comprova -para quem torce contra- que os elétricos vieram para ficar.

O Grupo ambiciona alcançar a liderança global no setor automotivo até 2027, com a sua gama completamente atualizada e ampliada, incluindo modelos de combustão interna, bateria elétrica, híbridos e células de combustível (hidrogênio, ou fuel cell).

Carlos Tavares tinha anunciado em 2021 um investimento de mais de US$ 30 bilhões até 2025 na eletrificação do Grupo, que até agora não mostrou sinais de arrefecimento. E não vai ficar só nos elétricos a bateria. A empresa também vai apostar em mais híbridos e elétricos fuel cell (sobretudo nos comerciais).

Ainda sobre a eletrificação crescente do Grupo, recentemente, a Stellantis e a Mercedes-Benz se uniram na construção de três novas giga-fábricas na Europa.


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