Designers: 15 carros que impressionaram, mas…
A história da indústria automotiva está repleta de tentativas de inovação, seja na parte estética ou mecânica, que param nos limites do que é possível. Os melhores exemplos são normalmente os protótipos de Salão (antigos dream cars, hoje concept cars), desenhados como objetos futuristas, libertos das leis e regulamentos de segurança. Aqui ficam alguns dos melhores exemplos do que a indústria automotiva alguma vez fez, mas pouco utilizou.
Stout Scarab 1936
Desenhado por William Stout –engenheiro aeronáutico pioneiro pela integração entre luxo e lazer em aviões– o Scarab era uma verdadeira sala de estar sobre rodas, equipada com motor Ford V8 e uma alongada carroceria de alumínio. Foram produzidas míseras 10 unidades do modelo, em parte porque os US$ 5000 pedidos (cerca de US$90.000 atualmente) tornavam o modelo mais caro que os modelos de luxo da Packard e Cadillac.
Oeuf Electrique 1942
O “Oeuf Electrique”, ou Ovo Elétrico em português, tinha três rodas e eletricidade como combustível. O seu desenhista, o parisiense Paul Arzens, trabalhou como artista plástico e designer de locomotivas, antes de se encantar com o mundo do automóvel. A carroceria era moldada em alumínio batido à mão e usava plexiglass curvo, material novo na época.
Norman Timbs Special Streamliner 1947
Simplesmente maravilhoso, elegante e diferente, como nenhum outro carro até então, o Norman Timbs Special Streamliner foi idealizado por Timbs, engenheiro especializado na construção de modelos para as corridas de Indianapolis. Tendo como inspiração os modelos de GP da década de 1930, como o aerodinâmico Auto Union Type C, Timbs moldou uma carroceria curvilínea e equipou o seu modelo com um potente motor Buick V8. Os incêndios da Califnia no ano assado destruíram a coleção onde ele estava abrigado, e assim o carro se perdeu, estando novamente em processo de restauração..
General Motors Firebird 1 XP-21 1953
Precursor dos super-carros da atualidade, muitas vezes descritos como “carros a jato”, “aviões” ou “foguetes”, o General Motors Firebird I XP-21, de 1953, era de verdade um automóvel a jato, com quatro rodas, uma cauda e cockpit em forma de bolha. A turbina atingia 26.000 rpm e era capaz de gerar 370 cv de potência.
Chrysler-Ghia Streamline X “Gilda” 1955
“Nunca existiu uma mulher como Gilda”, diziam do filme “Glda” de 1946 da estonteante Rita Hayworth, o Chrysler-Ghia Streamline X, de 1955, quase foi equipado com uma turbina a jato. Porém, a Ghia acabou optando por um mais barato motor de 1500 cm3. O desenho deste modelo antecedeu os carros a turbina da Chrysler, e suas asas se tornaram tendência na década de 1950. Resumindo: nunca existiu um carro como o Streamline X…
Ferrari Pininfarina 512 S Modulo 1970
Desenhado pela Pininfarinia para a Ferrari, o 512 S Modulo foi apresentado oficialmente ao público no Salão de Genebra de 1970. Utilizando o chassi e componentes de um Ferrari 512S de competição, o Modulo era um trabalho conceitual do desenhista Paolo Martin.
Lancia Bertone Stratos HF Zero 1970
O Lancia Bertone Stratos HF Zero, de 1970 foi o conceito quelogo mais tarde deu origem ao sedutor Lancia Stratos. Medindo escassos 84 centímetros de altura, o modelo era tão baixo que o motorista tinha que entrar e sair pelo pára-brisas.
Bugatti Type 57S Competition Coupe Aerolithe 1935
O exemplar original do Bugatti Type 57S Compétition Coupé Aerolithe, apresentado ao público no Salão de Paris de 1935, desapareceu pouco tempo depois do evento. E era um automóvel único. De acordo com boatos, a Bugatti teria desmontado o carro, aproveitando suas peças para a produção do Type 57 de ruaa. Actualmente existe esta réplica do Type 57S Competition Coupe Aerolithe, produzida em 2007 com base em especificações e fotografias da época.
Ford Speedster 1932
Imponente, o Ford Speedster, com seu motor “flathead” V8, vinha equipado com botão de partida, muitos anos antes disso ser uma opção em automóveis mais modernos. O elegante roadster de linha de cintura baixa foi idealizado por Edsel Ford, filho de Henry Ford, junto com o desenhista Eugene Gregorie.
Voisin C-25 Aerodyne 1934
O designer Gabrielle Voisin começou desenhando aviões, estreando na área de automóveis após o final da Primeira Guerra Mundial. Do magnífico Voisin C-25 Aerodyne, de 1934, apenas 28 unidades foram produzidas, tendo uma delas recebido em 2011 o prêmio “Best in Show”, no Pebble Beach Concours d’Elegance.
Tasco 1948
O Tasco 1948, foi uma breve aventura da marca norte-americana “The American Sports Car Company”, sendo idealizado por Gordon Buehrig, anteriormente desenhista da Duesenberg. O desenhista inspirou-se nos aviões de combate da Segunda Guerra Mundial, distinguindo-se pelo uso de coberturas em fibra de vidro nas rodas, sendo que as da frente se moviam com elas.
GM LaSabre 1951
Antológico, o GM LaSabre 1951 foi o primeiro automóvel detalhes laterais tipo “barbatanas” e pára-brisas envolvente. Elementos de desenho que se tornariam comuns nos modelos norte-americanos posteriores. O LaSabre vinha equipado com detector de umidade, que erguia a capota automaticamente em caso de chuva.
Chrysler Thunderbolt 1941
Acredite, houve uma época em que a Chrysler era uma marca mais revolucionária do que é hoje. As curvas do Chrysler Thunderbolt, de 1941 foram inspiradas nas locomotivas aerodinâmicas da época. Este automóvel norte-americano foi dos primeiros a serr equipado com vidros automáticos, acionados por motores hidráulicos, enquanto que a capota rígida removível e faróis dianteiros escamoteáveis eram características de design inovadoras para a época. Foi um dos derradeiros concepts no estilo Art Deco.
Buick Centurion 1956
O Buick Centurion tinha como principal fator de distinção uma câmara de marcha-ré, anos antes de este ser um equipamento opcional, mais ou menos comum nos dias de hoje. O avanço tecnológico do modelo era enfatizado pelo uso de teto tipo “bolha” –que lembra os veículos utilizados pelos Jetsons– e cockpit de estilo aeronáutico.
Cadillac Cyclone 1959
Avô dos modernos automóveis ditos “inteligentes”, o Cadillac Cyclone vinha equipado com dois radares -localizados no local onde normalmente seriam aplicados os faróis dianteiros– que comandavam o sistema anti-colisão, parente distante dos atuais cruise control adaptativos. Quando o Cyclone sentia a aproximação de um objeto, começava avisar o motorista do obstáculo por meio de uma série de luzes e avisos sonoros e, em último caso, acionava de maneira automática os freios.