Doping? Porsche cortou o patrocínio de Maria Sharapova
A Porsche suspendeu o patrocínio de Maria Sharapova, depois que a tenista russa assumiu ingerir uma substância proibida desde 2006.
De acordo com Sharapova, que em abril fará 28 anos, nos últimos 10 anos tomou um medicamento receitado pelo médico de família que contém uma substância chamada meldonium. “Durante esse tempo, o medicamento não fazia parte dos produtos proibidos, mas a 1 de janeiro deste ano as regras mudaram e a meldonium passou a ser proibido”, explicou Sharapova em conferência de imprensa.
“No dia 22 dezembro do ano passado recebi uma carta da ITF e tinha um link para a lista de substâncias proibidas para 2016, e confesso que não fui ver. Cometi um enorme erro. Desiludi o esporte e os meus fãs. Durante toda a minha carreira tenho sido honesta e assumo a responsabilidade, não culpo mais ninguém”, frisou Sharapova, atual número sete do ranking e detentora de cinco títulos do Grand Slam.
A coletiva de imprensa convocada por Sharapova aconteceu antes do comunicado oficial da Federação Internacional de Tênis (ITF), que deliberou sobre a suspensão imediata da tenista a partir do dia 12 de março.
Assim, depois da Nike e da Tag Heuer terem suspendido “relações” com a tenista, chegou a vez da Porsche dar por concluído o relacionamento. “Lamentamos a notícia atual sobre Maria Sharapova. Até que haja mais detalhes que nos permitam analisar a situação, decidimos suspender as atividades planejadas com Sharapova”, diz o comunicado emitido pela marca alemã. A tenista pode, com isso, perder mais de R$ 100 milhões por ano.
A russa tinha ontrato válido por três anos com a Porsche, que se encerraria este ano, mas diante destas notícias, é muito pouco provável que a relação entre a tenista e a marca seja renovada. A Porsche não ficará, no entanto, sem embaixadora no mundo do tênis: Simona Halep, quinta do ranking WTA, continuará como imagem da marca.
Sharapova, ainda antes destes acontecimentos, já tinha anunciado a desistência do BNP Paribas Open, o próximo torneio que está se realizando na Califórnia, devido a uma lesão no braço esquerdo que a afeta desde o início da temporada.
A belíssima russa não se dá por vencida e não pensa em encerrar a carreira: “Vou ter de sofrer as consequências. Não quero acabar a minha carreira assim e espero ter a oportunidade de voltar a competir”, afirmou Sharapova, que espera voltar às quadras já em Miami, no final de março.
Por sua vez, Jennifer Capriati, antiga líder do ranking mundial de tênis, que abandonou o circuito em 2004, já veio a público pedir que Sharapova seja destituída de todos os troféus ganhos desde 2006.