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Enlouqueceu? Ecclestone quer a Fórmula 1 sem Monza

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Das duas, uma. Ou a senilidade o atacou de forma definitiva, ou ele é um fanfarrão. Bernie Ecclestone, o poderoso chefão da Fórmula 1, quer a categoria com três carros por equipe, com menos equipes e sem o GP da Itália em Monza. Para ele, esta é a solução para as críticas aos elevados custos da competição.

A ideia de mais carros e menos equipes não é nova. Aliás, foi várias vezes defendida pelo presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, mas agora é objetivo de Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da competição. “Quero a Fórmula 1 com oito equipes e três carros”, defende Ecclestone. “Acredito que esta é a solução para acabar com as queixas sobre os elevados custos da competição. Assim poderemos ver lutas entre três Ferrari ou três Caterhams, o que aumentaria a competitividade na Fórmula 1”.

Sobre a crise financeira da Caterham, Ecclestone diz desconhecer o que está acontecendo. “Tony Fernandes investiu muito dinheiro. Tem pilotos competitivos, mas não sei, o que houve?”, questionou. Ecclestone admitiu ainda que o objetivo agora é conseguir atrair novos fabricantes para a Fórmula 1, que está minguando ano a ano. “Precisamos de um campeonato que seja bastante atrativo”. “As equipes estão investindo valores em torno de US$ 200 milhões para construir túneis de vento e simuladores monolugares. Acreditamos que com três carros posso diminuir os custos”, salientou.

Bernie Ecclestone não parou por aí, e arranjou mais um motivo para deixar os fãs da Fórmula 1 contra ele. A razão? A possibilidade do circuito de Monza deixar o calendário da categoria a partir de 2016. Em declarações a jornais italianos, Ecclestone mostrou-se insatisfeito com o atual contrato, que considera um desastre do ponto de vista comercial.

“Acho que não vamos assinar outro contrato”, disse Bernie. “O antigo é um desastre para nós, e depois de 2016, adeus…”. Questionado sobre o interesse de Luca de Montezemolo, presidente da Ferrari, de levar a Fórmula 1 para o circuito de Mugello, Ecclestone limitou-se a dizer: “Não recebi qualquer proposta”.

Sobre este assunto, Antonio Rossi, do Departamento de Esportes e Políticas para a Juventude da Região da Lombardia, pediu a intervenção do governo nas negociações com Ecclestone. “As declarações de Ecclestone são de grande preocupação para nós. Como conselheiro regional, apelo ao governo para ajudar a proteger o GP da Itália, que não só teve papel importante na história da Fórmula 1, mas também na economia da região”, defendeu.


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