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Escândalo VW: Matthias Mueller é o novo chefão do Grupo VW

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Matthias Mueller é o novo chefão da Volkswagen. Sua missão não será simples: administrar uma das maiores crises da história do automóvel.

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Com a maioria dos votos dos 20 membros do Conselho de Supevisão do grupo VW, Matthias Mueller foi escolhido para ser o homem que vai conduzir o maior fabricante mundial em meio a uma das maiores crises da história da indústria automotiva. A sua nomeação será oficializada na próxima sexta-feira, em reunião do conselho, onde também serão tomadas outras decisões. Entre elas criar uma direção independente específica para o mercado norte-americano, para onde poderá seguir Wilfried Vahland, atual chefão da Skoda.

Na semana em que o mandato de Martin Winterkorn seria estendido por mais dois anos, o escândalo das emissões nos Estados Unidos derrubou o executivo que tinha a ambição de transformar o grupo alemão no maior fabricante mundial até 2018 e que o conseguiu três anos antes desse prazo. Inesperadamente vago um dos lugares mais cobiçados da indústria mundial, mas também dos mais atribulados, os candidatos estavam dentro da própria estrutura do Grupo.

A sua estreita ligação com a gestão de Martin Winterkorn parecia ser um problema para que o Comitê escolhesse o chefão da Porsche, mas a decisão por maioria dos 20 conselheiros prova que a saída do CEO anterior foi, apenas, uma necessidade diante da crise de proporções apocalípticas, e não uma obrigação.

Matthias Mueller começou no grupo VW como estagiário nos anos 1970 e trabalhou na fabricação de peças para as instalações da marca, conhecendo muito bem as bases da empresa e como funciona o processo produtivo. Isso contou para a sua escolha, mas por incrível que possa parecer, foi o apoio da família Porsche/Piech –que tem a maioria dos votos no conselho- que lhe valeu o lugar. Mueller foi promovido ao conselho executivo da VW em março, sendo sempre visto como um dos favoritos de Ferdinand Piech; boatos davam conta de que Piech tentou colocá-lo no lugar de Winterkorn no início deste ano.

Porém, Martin Winterkorn sobreviveu à batalha com Ferdinand Piech, obrigando-o a abandonar seu cargo de presidente do grupo VW, bem como de quase toda a sua família empregada nas diversas empresas do Grupo alemão. Winterkorn parecia seguro como CEO do grupo, mas Piech deixou a sua semente dentro da empresa e com o escândalo das emissões, sentiu-se vingado ao colocar Matthias Mueller no comando do grupo VW.

 


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