EUA: clientes devolvem carros depenados para a Volkswagen
Se fosse no Brasil, seria quase normal, mas não é só por estas paragens que a picaretagem corre solta. Acredite, até os norte-americanos se renderam ao esquema de fraudes e tentativa de levar vantagem em tudo, típica dos tupiniquins. O sistema de recompra dos carros afetados pelo escândalo das emissões proposto pela Volkswagen e aceito pelas autoridades norte-americanas, permite aos clientes com veículos envolvidos devolverem os carros e receberem o valor de mercado dos mesmos antes de eclodir a crise. Isso ainda não aconteceu na Europa, pois são milhões de carros envolvidos e, certamente, levaria a marca para o buraco. E então o que fazem os norte-americanos?
Muitos prefeririam que não tivesse acontecido a crise de emissões, mas a “generosidade” da Volkswagen na solução do problema acabou atingindo um número grande de clientes. E alguns deles não só se interessaram pela revenda dos carros para a marca, como aproveitaram para tirar o máximo proveito da situação.
Como o acordo de recompra dos veículos diz, apenas, que o veículo tem de estar operacional na data da entrega, ou seja, o motor 2.0 TDI tem que estar funcionando regularmente e o carro tem de chegar ao concessionário por seus próprios meios, alguns clientes, literalmente, desmontam todas as peças possíveis. Isso inclui rodas, pneus, bateria, bancos, sistema de som etc.
Na imagem, um proprietário levou o seu Golf TDI até o concessionário sem o para-choque, faróis e muitas peças do interior. Mesmo assim teve seu carro incluído no programa de recompra e saiu do concessionário com um cheque de US$ 21.436.
E há quem tenha ido mais além, pois segundo o acordo de recompra, o carro só tem de chegar pelos seus próprios meios ao concessionário. Isto quer isto dizer que muitos têm tirado o maior número de peças para depois as revender como material de segunda mão – a Craig’s List (o OLX norte-americano) e o Ebay estão sendo inundados por componentes VW. Fraude pura.
