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EXCLUSIVO: ACELERAMOS O INFINITI Q50 HYBRID

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A Infiniti é a marca de luxo da Nissan, criada em 1989, e que depois de ficar restrita por anos aos Estados Unidos, agora tem pretensões de se tornar aceita em outros mercados. Faz parte desta estratégia, por exemplo, o patrocínio da equipe Red Bull de Fórmula 1.

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Para se tornar internacional, será preciso gastar muito em publicidade e buscar alternativas mais agressivas que as praticadas, por exemplo, pela Lexus (da Toyota) e Acura (da Honda). Mas só isso não basta, é preciso mirar na qualidade das marcas alemãs top de linha: Audi, BMW e Mercedes-Benz. A Infiniti deve desembarcar no Brasil em 2014, e AUTO&TÉCNICA foi aos Estados Unidos conhecer o sedã Q50, que substituiu o antigo G37. Usamos para isso uma versão híbrida, rodando com ela pelo sul da Califórnia.

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O Q50 é um sedã de médio (nos padrões americanos) e grande (no padrão brasileiro), sendo elegante e esportivo ao mesmo tempo. Não lembra em nada nenhum dos “primos pobres” Nissan em linha. Usa plataforma própria e tem opções de motores a gasolina e diesel, além do interessante híbrido. O foco nos alemães menores é  evidente: não é um carro grande, tem visual esportivo, tração traseira e motor potente.

RODANDO, RODANDO…

E é bonito. Por fora, o Q50 é um carro que impõe respeito. Por dentro, o espaço para cinco ocupantes impressiona, e contribui para isso a boa distância entre-eixos, de 2,85 metros. Ao volante, o Q50 Hybrid é um carro sempre agradável, milagre que atinge tudo o que tem motor, quatro rodas e habita garagens da Califórnia. O carro roda no modo elétrico, em total silêncio, até os 80 km/h. Ultrapassada essa velocidade, entra em ação o também silencioso e suave motor V6 a gasolina.

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O conjunto híbrido da versão top de linha que avaliamos usa um 3.5V6 de 311 cv e um motor elétrico de 68 cv,  alimentado por baterias de íons de lítio. Assim, a potência combinada é de 369 cv. O câmbio é automático de sete marchas, e a marca anuncia consumo médio de 16 km/litro.

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No interior, de revestimentos saudavelmente claros, bastante luxo e sofisticação, com bancos de couro e materiais de qualidade por todos os lados. Gosta de tecnologia? Então vamos lá. Uma das atrações do carro é o sistema de direção eletrônico, ou seja, não existe conexão física com as rodas. Chamado de DAS, transforma o volante numa espécie de potenciômetro, que identifica os movimentos que o motorista faz ao volante e transfere os sinais elétricos para a caixa de direção (que funciona com cremalheira), onde um motor elétrico entra em ação e faz o movimento das rodas.

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O controle da direção é gerenciado por três unidades de processamento em separado. A velocidade de reação da direção nas rodas é quase instantânea. Esse conjunto é de série nos híbridos e opcional nos outros. Permite maior rapidez e precisão no funcionamento, além de mais possibilidades de aplicação. E se falhar? Sem problema, pois existe uma ligação física na reserva, prontinha para atuar e que só entra em ação em situações de emergência, diante de problemas elétricos ou se o motor “morrer” com o carro em movimento.

ESPORTIVO

O Q50 Hybrid é muito ágil, e não se inibe com retas ou curvas de qualquer raio. A suspensão dianteira é do tipo double wishbone, com subchassi e barra estabilizadora, enquanto a traseira é multilink com barra estabilizadora. O carro tem ainda controle de tração e de estabilidade, enquanto os freios (com ABS) são a disco ventilado nas quatro rodas.

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A versão híbrida avaliada faz de zero a 100 km/h em apenas 5,1 segundos, com velocidade máxima limitada eletronicamente em 250 km/h. Apesar de ser um sedã de pretensões esportivas, o Q50 absorve bem as irregularidades do piso, sem transmitir ruídos para o interior. Não vale como comparação, afinal, estávamos na Califórnia. A capacidade do porta-malas é de 382 litros, e essa versão pesa 1.853 kg.

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Entre os itens de série, traz ar-condicionado automático bi-zone; vidros, travas e retrovisores elétricos; airbags frontais, laterais e de cortina; freios ABS; bancos em couro com ajustes elétricos e aquecimento; controle de estabilidade e tração; head-up display; rádio CD/MP3/USB/Bluetooth/satélite da Sirius com tela touchscreen de oito polegadas; rodas de liga leve aro 17; volante multifuncional e aquecido; tela central colorida; manopla do câmbio revestida de couro e câmara de ré, entre outros.

CONCLUSÃO

Nos mercado americano, o Q50 não é barato. Com motor a gasolina, começa em US$ 36.700 (cerca de R$ 80 mil). As versões híbridas saem dos US$ 43.950 (em torno de R$ 95 mil) e chegam ao equivalente a pouco mais de R$ 100 mil. Aqui, estima-se que fique na faixa de R$ 300 mil, mesmo nível das BMW 335i. Qualidade ele tem de sobra, a questão é convencer os compradores.

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