Há 60 anos, em fevereiro de 1958, o piloto argentino Juan Manuel Fangio ficou 27 horas preso por um comando revolucionário em Cuba, e não pôde participar do GP de Cuba, em Havana. “Eles pareciam ótimos para mim”, disse o cinco vezes campeão mundial de Fórmula 1. E daí nasceu uma longa amizade do piloto com Fidel Castro.
Para entender os motivos do sequestro, é preciso antes entender o contexto da situação de Cuba naqueles tempos. Em 1958 Cuba era governada pelo ditador e general Fulgencio Batista –que havia sido presidente eleito na década anterior- e que chegou novamente ao poder em 1952, por meio de um golpe militar que suspendeu a constituição e eliminou os direitos políticos.
O país virou um quintal dos Estados Unidos, com cassinos, prostituição e drogas ditando as regras. A resistência ao seu governo cresceu no decorrer dos anos, e alguns grupos revolucionários ganharam bastante força. Um deles era o “Movimento 26 de Julho”, liderado por Fidel Castro. O grupo planejou o sequestro de uma celebridade mundial como forma de chamar atenção da imprensa internacional para a situação política do país.
Aos 14 anos, depois que sua mãe morreu, o jovem Fulgêncio Batista y Zaldivar saiu de casa e começou a trabalhar para ganhar a vida, algo difícil num país pobre como Cuba. Trabalhou na colheita de cana de açucar, nas docas, nas estradas de ferro, foi mecânico e vendedor ambulante de frutas, até ir para Havana e ingressar na Guarda Rural e depois no exército, onde ascendeu mais tarde ao posto de sargento.
Em 1933, Fulgêncio Batista liderou a revolta dos sargentos, que derrubou o sangrento regime de Gerardo Machado. Uma das suas primeira ações foi costurar nos ombros de seu uniforme a patente de coronel, auto proclamando-se comandante das forças armadas e designando uma série de presidentes “fantoches”, que controlou durante anos até que em 1940 assumiu ele próprio o cargo de Presidente da República de Cuba, onde se manteve até 1944, ano em que após perder as eleições se retirou para um exílio milionário nos Estados Unidos.
Em 1952, regressou ao seu país para se candidatar de novo a Presidente, mas diante da incerteza do sucesso dos resultados, organizou um golpe militar com o apoio dos americanos, que instituiu aquilo que ele cinicamente chamava de “democracia disciplinada”, eufemismo para uma feroz ditadura de direita, aliada das elites econômicas cubanas, dos Estados Unidos e da máfia americana, que a partir disso podia fazer negócios abertamente, com a benção do “amigo” Batista.
Os “capos” da máfia Lucky Luciano, Vito Genovese e o “inventor” da lavagem de dinheiro, Meyer Lanski, passaram a ser recebidos em Cuba com honras de chefes de estado, e os seus hotéis e casinos eram o epicentro da boa vida cubana e destino certo para estrelas de Hollywood e magnatas americanos.
O regime anti-comunista de Fulgêncio Batista ofuscava tudo, até as perseguições políticas, assassinatos e os misteriosos desaparecimentos de opositores do regime. Um clássico dos manuais de política é, que quanto mais feroz é a perseguição, maior a probabilidade de germinarem as sementes da revolta. O sangue derramado sempre foi a maior semente da liberdade. Todo regime, de esquerda ou de direita, precisa de um cadáver…
Essa semente de liberdade estava plantada no filho de um abastado agricultor espanhol, antigo estudante de direito na Universidade de Havana, período durante o qual se doutrinara no marxismo anti-imperialista. Fidel Alejandro Castro ganhou notoriedade quando criou uma rede clandestina chamada “El Movimento”, que esteve na base da tentativa de derrubada do regime de Batista com o assalto ao Quartel de Moncada, no dia 26 de Julho de 1953. O golpe de estado acabou frustrado pelas forças fiéis ao regime, e a maior parte dos conspiradores foram mortos ou detidos.
Fidel Castro foi poupado e enviado para os calabouços de Batista, até ser deportado para o México. Ainda na prisão, fundou o “Movimento 26 de Julho”, em homenagem aos companheiros mortos naquele dia. Durante o seu exílio no México, organizou o corpo expedicionário que no dia 2 de dezembro de 1956, embarcou no iate Granma.
A embarcação, de 12 metros de comprimento, foi comprada por US$ 40 mil por Castro, e tinha capacidade para 25 pessoas. Embarcaram 82 revolucionários, entre eles seu irmão Raul Castro, o médico argentino Ernesto “Che” Guevara e Camilo Cinfuegos, além de dois canhões, 35 rifles com mira telescópica, 55 rifles de assalto “Mendoza”, três metralhadoras “Thompson”, 50 pistolas e munições.
A travessia de 2.000 km foi penosa, conforme relatou mais tarde “Che” Guevara. “Todo o barco apresentava um aspecto ridiculamente trágico, os homens tinham a angústia refletida no rosto e apertavam o estômago com as duas mãos. Parecia um naufrágio”.
O barco saiu de Tuxpan, México, uma semana antes e desembarcou na costa sul de Cuba, cerca de 2 km da praia Las Coloradas, ao noroeste de Cabo Cruz, num lugar lamacento e de densas floresta que cobrem aquele litoral e formam uma rede emaranhada. À espera estavam as tropas de Batista, que dizimaram os exaustos guerrilheiros. Dos 82 que deixaram o México, Fidel Castro ficou com apenas 19 sobreviventes, que encontraram refúgio na Sierra Maestra. Foi a partir disso, e com aqueles andarilhos náufragos em terra firme, que Fidel Castro iniciou a revolução cubana, com apoio da população.
O outro personagem dessa história, Fangio, teve vida mais fácil. Filho de emigrantes italianos, Juan Manuel Fangio nasceu em Balcarce na Argentina, no dia 24 de junho de 1911, e desde cedo mostrou inclinação para a mecânica de automóveis. Aos 14 anos, deixou a escola para trabalhar como aprendiz de mecânico numa oficina. O seu talento ao volante dos carros dos clientes acabou por levá-lo a se interessar pelas a corridas de automóveis, depois de ter sobrevivido a uma pneumonia que quase o matou e ao cumprimento do serviço militar obrigatório.
Depois do exército, Fangio montou a sua própria oficina e construiu o seu primeiro carro de corrida a partir de um Ford A. Naqueles tempos, aqui na América do Sul as corridas eram longas maratonas de quilômetros em estradas poeirentas ligando cidades distantes. Fangio foi conquistando fama no seu país até se aventurar no Exterior, vencendo o aqui no Brasil o “GP Getúlio Vargas” em 1941.
Após o final da II Guerra Mundial, Juan Manuel Fangio, era já um piloto veterano, muitas vezes o mais velho no grid de partida, mas o seu talento e combatividade acabaram por fazer dele um dos maiores pilotos de todos os tempos, dominando os primeiros anos do Campeonato Mundial de Fórmula 1, onde estreou em 1950 na Alfa Romeo, tendo como companheiros de equipe Giuseppe Farina e Luigi Fagioli.
A Alfa, com suas Alfetta do pós-guerra, dominavamera a categoriua, mas apesar das suas três vitórias, Fangio deixou escapar o primeiro título da história do Mundial de Fórmula 1 para Farina. Mas não foi por isso que “El Chueco” (ou o “Mestre”) deixou de gravar o seu nome na história do automobismo. Na década de 1950, foi cinco vezes campeão, com a Alfa Romeo, Maserati, Mercedes e Ferrari. Cinco vezes campeão do mundo de Fórmula 1, proeza que só seria batida meio século depois pelo alemão Michael Schumacher.
No final da sua carreira na Fórmula 1, em 1957, Juan Manuel Fangio tinha 46 anos e era um superstar, conhecido, admirado e respeitado no mundo todo como o maior piloto vivo, até porque pilotos daquela época não tinham grande expectativa de vida, já que o automobilismo era e continuaria sendo por muito tempo o mais mortal dos esportes.
GP DE CUBA, A PROPAGANDA DO REGIME
O episódio do sequestro ocorreu em 23 de fevereiro de 1958, em Havana. A ditadura de Batista de Cuba criou o GP de Cuba de Fórmula 1 em 1957. Fangio venceu o primeiro GP em 1957 e estabeleceu os melhores tempos durante os para a segunda edição, em 1958. Fangio havia abandonado as pistas, decidindo terminar a sua carreira após conquistar o seu quinto título mundial em 1957 com a Maserati, após uma épica e emocionante corrida em Nurburgring, circuito que o piloto escocês Jackie Stewart apelidou anos mais tarde como “o Inferno Verde”.
Fangio, mesmo aposentad, havia superado mais uma vez o seu rival britânico, Stirling Moss. Antes de voltar para Buenos Aires para se dedicar aos seus negócios, o “mestre” Fangio aceitou o convite para participar do GP, com uma Maserati 400 S, prova patrocinada por Fulgêncio Batista. O objetivo do ditador cubano era promover uma imagem de normalidade e segurança do país e mostrar aos amigos americanos que o foco de guerrilha do “Movimento 26 de Julho”, liderado por Fidel Castro, não era tão preocupante e que estava confinado à Sierra Maestra.
Após o desastroso desembarque em Cuba da expedição do iate Granma os revolucionários encontraram refúgio nas regiões montanhosas da Sierra Maestra, onde tiveram o apoio popular que lhes permitiu reorganizar a luta e iniciar o combate ao regime sanguinário de Fulgêncio Batista. Mas não era só nas montanhas que se combatia a ditadura, havia células de resistência ativas contra governo espalhadas no país inteiro, especialmente em Havana, e foi uma delas que decidiu levar adiante a ousada “Operação Fangio”.
Juan Manuel Fangio estava retratado cartaz da corrida, que iria ser disputada nas ruas de Havana, com a longa reta Malecón enfeitada com toda a pompa e circunstância, como os regimes opulentos e carnavalescos gostam. Batista tinha se empenhado pessoalmente nesta grande operação de relações públicas com os americanos, e foi dar as boas vindas ao campeão argentino nos treinos.
Além de Fangio, que iria receber o cachê de US$ 50 mil mais despesas pela sua presença, tinham aceito os generosos cheques de Batista pilotos como Stirling Moss, Phil Hill, Masten Gregory e o aristocrata espanhol Alfonso de Portago, que chegou acompanhado da sua nova namorada, a atriz Linda Christian, ex-mulher do galã Tyrone Power.
Luzes, glamour, litros de mojitos e muita fiestano Trocadero ou no Hotel Nacional davam à cidade uma atmosfera de festa, que parecia fazer esquecer que Cuba era um país em guerra e que os guerrilheiros barbudos vinham lentamente se aproximando da capital.
Mas para Gary Cooper e outras estrelas de Hollywood convidados Batista para assistir à corrida, os assuntos domésticos do país não eram tema que interessasse. Stirling Moss lembrou nos depois da emoção que rodeava a corrida: “Correr ao longo da marginal do Malecon na vibrante cidade de Havana foi uma experiência inesquecível. A atmosfera era incrível, a competição intensa e a hospitalidade das pessoas indescritível”.
Havia, no entanto, preocupações em relação ao tipo de hospitalidade que alguns cubanos podiam dedicar aos convidados do GP de Cuba. As medidas de segurança eram rígidas, e o serviço secreto e a polícia estavam atentos a qualquer movimentação, tendo feito uma “limpeza” prévia de supostos opositores do regime. Mas os cárceres de Havana não teriam capacidade para acomodar todos aqueles que se opunham à ditadura e que poderiam sabotar o GP.
O idealizador da “Operação Fangio” foi Faustino Pérez, herói da revolução e um dos sobreviventes no desembarque do Granma, que Fidel escolhera para liderar as operações clandestinas do “Movimento 26 de Julho”, e que mais tarde comandou as forças revolucionárias no desembarque da Baía dos Porcos.
Pérez, médico de formação, decidiu que a forma mais interessante e menos sangrenta de abalar o GP era simplesmente raptar a maior atração do evento. Para isso, encarregou o jovem revolucionário Oscar Lucero Moya de liderar um pequeno comando para sequestrar o piloto argentino. Moya e mais nove companheiros, onde se incluía a sua mulher, prepararam a ação após um jornalista ter informado onde Fangio estava hospedado.
Foi assim que no dia 23 de fevereiro de 1957, Juan Manuel Fangio desceu do seu quarto no hotel Lincoln, em Havana Velha, após um fatigante dia de treinos no terrível calor úmido de Havana. No bar, repleto de fãs de corrida e personagens do mundo internacional dos ricos (na época chamado de jet set), esperavam por ele alguns dos seus amigos e companheiros de corridas, como o mecânico e preparador argentino Alejandro De Tomaso (criador da De Tomaso), o mecânico Guerino Bertochi, o seu empresário Marcelo Giambertone e o publicitário Carlos Gonzalez, entre outros.
Fangio lembrou mais tarde o episódio: “Aproximou-se um homem com um casaco de couro. Tinha uma pistola automática nas mãos e disse que não devíamos nos mexer, ou nos mataria.”
O homem com a pistola na mão era o franzino Oscar Lucero, e os seus companheiro estavam espalhados na sala. A principio, Fangio pensou que era uma brincadeira, mas logo percebeu que a conversa era séria e perguntou para onde o levariam: “Disseram que me levariam para um lugar seguro e que não tinham intenções de me fazer qualquer mal. Descobri depois que eram três carros envolvidos. Eles guiavam devagar para não chamar atenção.As pessoas que estavam no carro comigo pediram desculpas por aquilo que estavam a fazendo, e o que queriam era apenas chamar a atenção do mundo para a sua causa”.
O piloto argentino foi conduzido discretamente num Plymouth até um esconderijo, e depois levado para outra casa, mais segura. Os sequestradores pediram a ele para escrever uma carta e dizer que estava vivo, e a enviaram junto com um comunicado para as agências de notícias internacionais, aguardando pelo efeito bombástico que a arriscada operação teria na opinião pública de todo o mundo.
Humilhado e embaraçado pela facilidade com que os revolucionários fizeram o rapto, Fulgêncio Batista mandou os seus montarem uma operação de caça ao piloto em Havana. No dia seguinte, a imprensa internacional repercutia o rapto de Fangio, e muitas vozes críticas deste método de propaganda dos revolucionários se manifestaram. O GP esteve para ser cancelado, mas Batista estava determinado em não deixar que a sua festa de publicidade automobilística naufragasse.
Isso criou um momento tenso. Comenta-se que Batista ordenara para que Fangio fosse morto pelos seus policiais, montando um cenário que sugerisse que ele fora assassinado pelos opositores, o que seria publicidade bastante negativa para os revolucionários e geraria grande antipatia pelos seguidores de Fidel Castro. Obviamente considerando essa hipótese, os guerriheiros triplicaram os cuidados com a segurança do piloto, pois derramar sangue estava fora dos planos.
A corrida iria mesmo acontecer nas ruas de Havana, e foi até designado um piloto substituto para a Maserati de Fangio, o belga Maurice Trintignant. Naquela manhã de segunda-feira, Fangio recebeu a visita do mentor do seu rapto, Faustino Perez, que lhe pediu desculpas pelo incômodo e o informou que seria libertado após a realização do GP.
Fangio confessou mais tarde que foi tratado com muita cordialidade e que esteve sempre em condições confortáveis. Os seus amáveis raptores retribuíram os elogios, considerando Fangio um simpático e irrepreensível cavalheiro. Com esta relação de carinho e respeito entre sequestradores e sequestrado, Fangio foi convidado a acompanhar a transmissão da corrida pelo rádio. O argentino, desiludido por não poder participar, recusou a oferta.
A prova ficaria marcada pelo grave acidente do piloto cubano Armando Garcia Cifuentes, que na sétima volta perdeu o controle da sua Ferrari na curva junto à embaixada americana (quanta ironia…). A saída da pista provocou a morte de seis pessoas e ferimentos em mais de 40, o que levou à suspensão da corrida e à atribuição da vitória a Stirling Moss.
Na casa onde era mantido detido, o ambiente era sombrio. Oscar Lucero Moya temia que se combinasse a entrega de Fangio às forças de Batista, o mais provável é que fossem todos mortos, incluindo Fangio. A solução foi entrar em contacto com o embaixador argentino, que era parente de “Che” Guevara, para conduzir Fangio são e salvo.
Perto da meia noite um Plymouth, dirigido por Arnold Rodriguez, estacionou discretamente à porta da embaixada e deixou o cinco vezes campeão do mundo seguir em liberdade e segurança, com uma carta de desculpas para o governo argentino, explicando as razões do rapto. “Foram sempre muito amáveis e eles ainda me disseram que, se a revolução fosse bem sucedida, seria convidado a voltar a Cuba como convidado de honra”. Ficou 27 horam em companhia dos revolucionários cubanos.
A revolução foi de fato bem sucedida, não sem antes o regime de Batista fazer mais uma vítima. Alguns dias antes da entrada triunfal de Fidel Castro em Havana, o sequestrador de Fangio —Oscar Lucero Moya— era torturado até à morte pela polícia política, após 20 dias de detenção, deixando escrito em sangue nas paredes da sua cela: “18 de mayo de 1958 aún vivo Oscar.”
Juan Manuel Fangio receberia dias mais tarde um convite para participar do famoso programa americano de televisão apresentado por Ed Sullivan, para contar a história do seu rapto: “Já ganhei cinco campeonatos do mundo de Fórmula 1, mas foi preciso ser sequestrado para ser reconhecido nos Estados Unidos”, alfinetou.
Quanto aos seus sequestradores, Fangio deu seu apoio à causa: “Se a causa revolucionária é boa, então eu, como argentino, aceito o meu sequestro.”
Anos mais tarde, Fangio visitou Cuba como embaixador da Mercedes-Benz, e Fidel Castro interrompeu uma importante reunião para cumprimentar o piloto, oferecendo-lhe a amizade e a gratidão do povo e do governo cubano. Foi recebido no aeroporto por Arnold Rodriguez, então integrante do Ministério de Comércio Exterior, um dos homens que havia comandado a “retenção patriótica” do piloto em 1958.
Juan Manuel Fangio e seus sequestradores mantiveram relações até a morte do argentino, em 1995. Sempre citava o episódio do sequestro com bom humor, deixando claro que simpatizava com a causa dos seus amigos. De acordo com a filha do piloto, eles trocavam correspondências regularmente, e Fangio chegou a receber alguns dos revolucionários na Argentina, quando foi inaugurado um museu sobre a vida e a carreira do campeão. No dia 24 de junho de 1991, quando completou 80 anos, Fangio recebeu de Fidel Castro uma mensagem de parabéns assinada “pelos seus amigos, os sequestradores”, agradecendo por sua “simpatia e colaboração à causa revolucionária”.
Em adição, na porta do Hotel Lincoln há uma placa de bronze que lembra o que aconteceu ali: “Na noite de 02/23/58, neste mesmo lugar, foi sequestrado por um comando do ‘Movimento 26 de Julho’, liderado por Oscar Lucero, o cinco vezes campeão Juan Manuel Fangio. Isso foi um golpe de propaganda contra a tirania de Batista e um estímulo importante para as forças revolucionárias “.
Fangio foi recebido em Cuba por Fidel Castro e reencontrou Faustino Perez, um