FIAT TEM MAIORIA DAS AÇÕES DA CHRYSLER

A  italiana Fiat cumpriu sua promessa: exerceu a sua opção de compra de mais 3,3% das ações da americana Chrysler e agora detem 68,49% das ações da empresa. O objetivo da Fiat é, eventualmente, ser totalmente dona da empresa automóvel americana. O grupo italiano comprou as ações VEBA, através de um consórcio que gere os benefícios médicos do sindicato United Auto Workers (UAW).

Desde que adquiriu os primeiros 20% da Chrysler em 2009, a Fiat foi aumentando lentamente sua participação acionária sobre a empresa. O acordo original permite à Fiat comprar 3,3% das ações da Chrysler VEBA de seis em seis meses, até ao limite de 75%. A Chrysler tem tido bons resultados financeiros.

Em junho de 2013, as vendas da Chrysler nos EUA aumentaram 8% em relação ao mesmo mês de 2012, com 156.686 carros comercializados. O carro mais vendido da empresa nos EUA é a pickup Ram 1500  Ram com 29.644 vendas em junho, e o Jeep Grand Cherokee foi o segundo carro mais vendido com 16.626 unidades.De janeiro a junho de 2013 a Chrysler vendeu 908.332 carros nos EUA, uma melhoria de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Sem a sua participação na Chrysler, a Fiat teria perdido mil milhões de euros no ano passado.

A Fiat e a VEBA ainda negociam os 25% restantes da Chrysler que o consórcio ainda detém. Se a Fiat adquirir 3,3% da Chrysler a cada seis meses vai chegar a 75% do controlo da empresa em julho de 2014. “As negociações não produziram quaisquer resultados até agora, portanto não temos nada para anunciar. Se aceitarem o nosso preço, podemos fechar negócio esta semana”, explicou Sergio Marchione,  o todo poderoso presidente da Fia.

Um tribunal de Delaware, estado dos EUA, vai decidir o custo da última parcela de ações da Chrysler. A Fiat avalia-as em 3.3 mil milhões de euros e a VEBA em 8.1 mil milhões de euros. A avaliação é baseada no que valia a Chrysler quando a Fiat assumiu o controlo versus o que VEBA acredita que a empresa vale atualmente. Informações indicam que a Fiat tem estado a negociar com bancos para juntar mais dinheiro para oferecer à VEBA pelas ações no caso do tribunal não decidir a seu favor.

JFF