Ford enfrenta as aranhas em seus carros
A Mazda já teve que enfrentar as aranhas. Agora é a vez da Ford. Por mais estranho que possa parecer, as aranhas podem causar sérios problemas mecânicos nos automóveis. Por isso, algumas marcas chegaram mesmo a ter que promover recall de alguns modelos para eliminar infestações de aranhas, em especial as de saco-amarelo (Cheiracanthium mildei ou Cheiracanthium inclusum) que se escondem, entre outrps locais, no tanque de combustível.
Foi isso que aconteceu com a Mazda, há cerca de quatro anos e, mais recentemente, em 2014, quando o Mazda6 foi vítima de recall por duas vezes devido à necessidade de desobstruir os tubos de evaporação dos vapores de combustível, local onde esta espécie de aranha gosta de instalar seus ninhos e deixar os seus ovos.
O problema –além do óbvio de contar com uma indesejável colônia de aranhas no automóvel– está no bloqueio dos tubos pelas teias, impedindo que os vapores do combustível fluam, o que pode levar ao aumento da pressão do sistema de combustível, com problemas de segurança e de funcionamento.
A Mazda não foi a única enfrentar as aranhas, pois a Suzuki e a Toyota tiveram problemas semelhantes com esta espécie de aracnídeo, sendo que no caso da Toyota o local visado era o sistema de ar condicionado.
Para driblar esse problema, a Ford desenvolveu um filtro para impedir que as aranhas entrem no sistema de combustível dos seus modelos, começando já pela aplicação no novo Focus RS. A marca norte-americana já havia desenvolvido uma solução parecida em 2004, para afastar as aranhas dos seus automóveis, mas agora em 2015 apresenta uma evolução da mesma, por enquanto disponível apenas para o mercado dos Estados Unidos, onde o problema se manifestou em primeiro lugar.
“Este aracnídeos em particular não são sedentários, são caçadores que estão em constante movimento. Quando chega o momento de fazer um ninho para deixar os ovos ou para passar o inverno, procuram cavidades ou depressões, como uma abertura do tubo de vapor de combustível, que permite maximizar a utilização da sua teia”, expliucou David Gimby (na foto abaixo), engenheiro de sistemas de combustível da Ford, que começou a dedicar a sua atenção a este problema em 1999.
“Estamos constantemente melhorando e nos adaptando, mesmo no que diz respeito a tecnologias que já funcionam bem”, explicou, por sua vez, William Euliss, outro engenheiro daquele departamento da marca.