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Ford vai demitir “centenas” na Europa

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A Ford está planejando demitir centenas de funcionários na Europa, com o objetivo de aumentar os lucros naquela região, que estão longe de satisfazer a empresa.

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Em declaração feita hoje (04/02), a Ford explicou que pretende baixar as despesas administrativas na Europa, que beiram os US$ 200 milhões. Para a  “Automotive News Europe”, Jim Farley, presidente da Ford Europa, não informou o número exato de funcionários que serão dispensados -atualmente são 10.330 os assalariados na empresa- mas afirmou que “com base em programas de demissões anteriores” o número deverá ser de algumas centenas.

O programa de demissões incidirá principalmente no pessoal administrativo, a quem será antes de tudo oferecido um plano voluntário de desligamento da empresa.

Embora entre 2012 e 2014 a Ford tenha perdido mais de US$ 3 bilhões na Europa, a empresa voltou aos lucros em 2015:  US$ 259 milhões e margem operacional de 0,9%. A meta para 2016 é aumentar os lucros e atingir margem operacional entre os 6 e os 8%. E quem vai pagar a conta são os funcionários.

Outro dos objetivos da empresa norte-americana passa pela redução de custos de produção na Europa em 7% -diminuição esta que, de acordo com Farley, não se fará em nenhum mercado em particular.

O aumento da automatização é uma das possibilidades para reduzir esses custos: “A automatização nem sempre tem retorno positivo, mas em muitos casos pode melhorar a nossa eficiência”.

A logística é outra das áreas equacionadas pela Ford na redução de custos: desde 2013 a empresa já fechou três fábricas na Europa. Atualmente, e ainda segundo Farley, a marca está negociando com os sindicatos do setor para reduzir os custos do trabalho.

A Ford também fará outras reduções de custos nas operações de venda (gerais e administrativas), incluindo o recurso a diversas agências externas para o trabalho feito atualmente pelos seus próprios funcionários: “Não contamos apenas com a redução do pessoal administrativo para atingirmos a economia de US$ 200 milhões de dólares”.

A Ford prevê que as vendas da indústria automotiva atinjam os 16 milhões de unidades em 20 mercados europeus vitais este ano, impulsionadas pelo forte crescimento em Espanha e Itália. Em relação à Rússia, que no ano passado já esteve abaixo das expectativas, Farley não prevê melhorias substanciais.


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