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Fórmula 1: este é o segredo do motor Mercedes V6 Turbo

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A Fórmula 1 mudou o regulamento em busca de equilíbrio, mas o máximo que conseguiu até agora foi ver o passeio tranquilo dos motores V6 Turbo da Mercedes-Benz, que começaram o ano sem rivais. Por isso, é evidente que o segredo para tamanha superioridade não ficasse escondido por muito tempo.

As equipes que usam os motores alemães e a equipe oficial da marca, em particular, têm sido referência desde os testes de pré-temporada, com confiabilidade e desempenho muito acima da concorrência, obrigando Ferrari e Renault a se desdobrarem para não ficar para trás.

O segredo deste domínio, claro nas quatro vitórias e três dobradinhas em quatro corridas já disputadas, parece estar na montagem do turbo, uma das novidades da nova temporada, separado da turbina. Normalmente, as duas peças estão integradas num mesmo corpo, pois o compressor é acionado pela turbina, cuja velocidade pode atingir 125.000 rpm, e um eixo curto é usado para evitar vibrações e risco de quebra. Além disso, da mesma forma que acontece com os motores Ferrari e Renault, o turbo da Mercedes fica em posição recuada para reduzir a temperatura, mas os alemães colocaram a turbina na outra extremidade.

Para isso, os engenheiros da Mercedes recorrem a um eixo de ligação longo, que surge no meio do “V” formado pelos cilindros do motor, onde também está colocado o motor elétrico, alimentado pelos gases de escapamento. Esta arquitetura complexa permite ao compressor fornecer ar mais fresco (porque está mais afastado da turbina incandescente) ao motor, de maior densidade, garantindo combustão mais eficaz.

Ao mesmo tempo, esta solução não exige sistemas de arrefecimento muito volumosos, até porque os coletores de escapamento podem ser mais compactos, permitindo que os gases fiquem mais próximos da turbina. As vantagens são muitas: o sistema ocupa menos espaço e a carroceria pode ser mais fluida e mais aerodinâmica, permitindo maior número de evoluções em termos de aerodinâmica.

A descoberta do segredo do motor V6 Turbo Mercedes de pouco ou nada servirá à Ferrari e Renault, já que, pelo regulamento, o desenvolvimento dos motores está congelado. A não ser que aconteça uma virada de mesa. A única beneficiada deverá ser a Honda, que atualmente está desenvolvendo seu motor V6 Turbo para o regresso à Fórmula 1 em 2015, com a McLaren, e pode aplicar a solução dos alemães.


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