Ginetta Akula pode não ser o carro mais bonito do mundo, mas…
O esportivo Akula, da britânica Ginetta, está pronto para entrar em produção, cinco anos após a empresa te-lo apresentado como um conceito no Salão de Genebra. O modelo custa a partir de US$ 360.000 e foi desenvolvido para ser usado tanto nas ruas estrada quanto nas pistas, afirmam seus fabricantes. Não é exatamente um primor de beleza, mas é uma máquina de desempenho estonteante.
por Ricardo Caruso

De acordo com a Ginetta, sediada no Reino Unido, o Akula foi desenvolvido para ser um carro que pode estabelecer tempos de volta impressionantes em pistas de corrida desafiadoras, como Nürburgring, na Alemanha, e depois ser conduzido com segurança e conforto na volta para casa.

A Ginetta é uma das maiores construtoras de carros de corrida do mundo, mas também se envolveu na área de carros de rua ao longo dos anos. A empresa tem uma operação nos Estados Unidos desde 2021, embora não esteja claro se o Akula será oferecido por lá. O carro, cujo nome em russo significa “tubarão”, foi desenvolvido usando know how adquirido em décadas de competições. Em particular, o “pacote” aerodinâmico foi herdado do antigo carro de corrida G61 da própria Ginetta. Ele consiste em um spoiler dianteiro, defletores, asa traseira e difusor traseiro, além do assoalho plano.

O projeto da suspensão também vem do automobilismo. Um sistema de suspensão double wishbone ativado por pushrod ajustável, como usado no carro LMP1 da Ginetta, é usado nas quatro rodas, enquanto barras estabilizadoras ajustáveis estão presentes na frente e atrás. Rodas de alumínio aro 20 são calçadas com pneus 265/35 na frente e 305/35 na traseira. Discos de freio de aço são de série, mas substitutos de carbono-cerâmica estão disponíveis.

A potência vem do motor 6.4V8 desenvolvido internamente pela marca. Este motor tem bloco de alumínio e comandos de válvulas de titânio, e consegue entregar 600 cv de potência. Ele fica em posição central dianteira e aciona as rodas traseiras por meio de um câmbio manual padrão de seis velocidades com embreagem de três discos ou uma automática de dupla embreagem e sete velocidades disponível. O diferencial de deslizamento limitado da Ginetta completa o conjunto de transmissão.

A fibra de carbono é usada tanto na carroceria quanto na estrutura, e a Ginetta também usou carbono para os subframes dianteiro e traseiro. Isso ajudou a reduzir o peso para leves 1235 kg.

O interior (acima) é muito próximo do que você encontrará em um carro de corrida, mas a Ginetta instalou alguns mimos, como sistema de multimídia com integração total com iOS, um carregador de telefone sem fio, porta-copos e uma função de aquecimento para o para-brisa. Em um esforço para economizar peso, os bancos são construídos direto na plataforma. Uma coluna de direção ajustável eletricamente e a pedaleira regulável permitem que o motorista encontre uma posição de assento confortável.

Os dados de desempenho incluem aceleração de zero a 100 km/h em 2,9 segundos e velocidade máxima pouco abaixo dos 300 km/h.

Apenas 20 exemplares serão construídos e o primeiro já foi reivindicado pelo proprietário da marca, Lawrence Tomlinson. A produção celebra o 20º aniversário da aquisição da Ginetta por Tomlinson. “Meu nome está definitivamente na disputa pelo Akula número um”, brincou Tomlinson, que venceu a classe GT2 na “24 Horas de Le Mans” de 2006 ao volante de um Panoz Esperante GT-LM.
