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Faróis: halogêneo, led, xenônio, laser… o que é isso?

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Nas últimas décadas, aconteceram mudanças em ritmo alucinante na indústria automotiva, e os sistemas de iluminação -depois de muito tempo sem grandes novidades- também foram beneficiados. Quem ganha com isso é a segurança, de motoristas e pedestres. As lâmpadas passaram de incandescentes a bi-iodo (halogêneo) em cerca de 50 anos.

A combination picture shows the front lights of different car manufacturers during a media preview day at the Frankfurt Motor Show (IAA) September 11, 2013.  (Kai Pfaffenbach/Reuters photo)

As halogenas, que até recentemente equipavam grande parte dos novos modelos saídos das fábrica, começaram a dar lugar a soluções tecnologicamente mais avançadas e eficientes, como as luzes de xenônio (xenônjo mesmo, não aquelas irritantes lâmpadas chinesas), LED ou até laser. No entanto, nem sempre é fácil distinguir entre estes quatro tipos de iluminação.

HALOGÊNEO/BI-IODO

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Se neste exato momento você olhar pela janela e escolher um carro qualquer, ainda é bastante provável que ele esteja equipado com lâmpadas de halogêneo. Na verdade, esta solução vem do início do século passado, tendo durado até aos nossos dias.

Semelhantes às lâmpadas domésticas, incandescentes, com filamento de tungstênio contido em um gás inerte e com pequena quantidade de um elemento halogeno, como iodo ou bromo (daí o nome “lâmpadas de iodo” ou “bi-iodo” para o caso de luzes altas e baixas). Nos anos 1990, os faróis melhoraram, pois as lentes faróis passaram a ser feitas de policarbonato; apesar da sua tendência de ficarem embaçadas ou amareladas, este material é mais leve e resistente a choques que o vidro, e permitem redirecionar melhor a luz por meio de refletores.

Embora não seja a solução mais eficiente hoje em dia, não é por acaso que as lâmpadas de halogêneo têm durado este tempo todo. Além de ser uma solução barata e de fácil manutenção/substituição, tem vida útil de 500 a 1000 horas. A principal desvantagem são as perdas energéticas, em especial sob forma de calor.

XENÔNIO

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Em relação às lâmpadas de halogêneo, a iluminação por xenônio distingue-se por produzir um brilho mais claro e intenso, resultado do aquecimento de uma mistura de gases (como o xenônio), alguns presentes inclusivamente na atmosfera em pouca quantidade.

As lâmpada de arco de xenônio, muitas vezes chamadas simplesmente de lâmpadas de xenônio ou xênon, são lâmpadas acionadas por eletricidade, do tipo descarga de alta pressão, pertencentes a um grupo de fontes de luz denominadas de HID (do inglês High Intensity Discharge). Dois eletrodos montados em um bulbo, separados por poucos milímetros de distância, na qual forma-se um pequeno arco voltaico. Apesar do pequeno tamanho, emite luz de extrema intensidade. O bulbo é preenchido com gás xenônio (muitas vezes acrescido de mercúrio, tornando-se ionizado e atingindo elevada pressão.

A iluminação por xenônio se popularizou na indústria automotiva nos anos 1990, deixando de ser opcional para fazer parte do equipamento de série em grande parte dos modelos de produção mais recentes. Além de ser mais duradoura (pode chegar às 2000 horas) e eficiente em nível energético, a iluminação por xenônio é também mais cara. Existem lâmpadas chinesas no mercado que simulam a iluminação branca/azulada do xenônio, mas que na verdade são de baixa qualidade e iluminam muito mal. Os sistemas HID de baixa qualidade também não são recomendados, pois podem derreter lentes, refletores, soquetes e fios, além de terem vida curta.

LED

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Sigla de “Light Emitting Diode” (ou “Diodo Emissor de Luz”), as luzes LED são o tipo de iluminação mais em uso nos dias de hoje, e não só na indústria automotiva. Por duas razões principais: baixo consumo, a elevada eficiência energética, custo, durabilidade e dimensões reduzidas.

Por se tratarem de pequenos diodos semicondutores que emitem luz quando recebem tensão elétrica, as luzes LED são extremamente controláveis. É possível usá-las nos faróis dianteiros, luzes de freio, piscas, luzes de neblina ou em qualquer outra parte do carro. Pode-se alterar a sua cor ou desenho; é também possível iluminar áreas individuais de uma forma segmentada. Enfim, o sonho de qualquer departamento de design.

Inicialmente limitadas aos modelos de luxo, poucos são os carros atuais -de Primeiro Mundo- que não oferecem iluminação LED como opcional, até mesmo nem modelos mais baratos. Mas nem tudo é perfeito: a principal desvantagem das luzes LED é o fato de poderem produzir calor desnecessário em torno dos componentes próximos.

LASER

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O sonho de qualquer fã de filmes de ficção científica: ter um carro com luzes laser. Felizmente, aqui os feixes laser não são usados para destruir os inimigos dos carros da frente, mas sim para obter impressionante intensidade e alcance de iluminação, muito superiores às lâmpadas tradicionais. E nesta “guerra das luzes”, foi a BMW que saiu na frente.

A marca alemã foi a primeira a estrear esta solução num modelo de produção, com o lançamento do BMW i8, apesar de ter sido a Audi a primeira que anunciou esta tecnologia, com o R8 LMX. Este sistema resulta de feixes de laser apontados para um conjunto de espelhos, responsáveis por reverter a direção da luz e enviá-la por meio de uma nuvem de gás amarelado fosforescente. Resultado: uma luz de cor branca bastante mais forte (no BMW i8 pode iluminar até a distância de 600 metros, segundo a marca), igualmente eficiente e que reduz a fadiga visual.

A grande desvantagem é o preço. É um opcional que pode acrescentar mais de US$ 10 mil ao preço de seu carro….


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