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LANÇAMENTO: Captur é o salto à frente que a Renault precisava

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Com a nova moda dos SUVs, que estão sendo apresentados em todos os tamanhos, a Renault precisava de novidades. O visual pesado do Duster não bastaria para isso, e assim o Captur ficou encarregado da missão de dar o primeiro salto da marca em direção à atualização de seu portfólio. Fabricado em São José dos Pinhais, PR, em duas versões, já está desembarcando nas concessionárias.

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As novas versões são a Zen, de entrada, e Intense, a mais completa. Estas designações serão aplicadas em outros carros da marca. O Captur Zen tem motor 1.6 (com potência máxima de 118 cv com gasolina e 120 cv com álcool) com transmissão manual e preço a partir de R$ 78.900. O Intense é 2.0, com 143cv/148 cv e transmissão automática de quatro marchas, com preços a partir de R$ 88.490. Em alguns meses estará disponível o Zen 1,6 com câmbio CVT.

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O Renaullt Captur foi lançado na Europa em 2013, e o brasileiro parece ser exatamente igual, apesar de diferenças no para-choque dianteiro. Mas não é. Só as portas dianteiras, tampa traseira e outros itens são iguais. O modelo escolhido para o Brasil foi desenvolvido aqui pela Renault, foi lançado na Rússia no ano passado e se chama Kaptur, com mudanças no tamanho, mecânica e plataforma.

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A versão brasileira tem 4,33 metros de comprimento e 2,67 m de entre-eixos, as medidas mais generosas da categoria, e tem ainda 437 litros de bagagem. Usa a plataforma o Duster. Já o francês é montado na plataforma nova do Clio de quarta geração. O Captur francês é menor, tem 4,12 m de comprimento, 2,61 m de distância entre eixos e capacidade de bagagem de 377 litros.

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O desenho do Captur brasileiro é atual, típico dos carros franceses de hoje em dia, repleto de curvas e detalhes bem cuidados, como faróis com refletor diferenciado para a luz baixa, luzes diurnas de leds e pintura em duas cores (o teto pode ser preto ou bege, combinando com a cor da carroceria). As rodas são de liga-leve aro 17, com acabamentos diferentes nas duas versões.

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Por dentro, a mesma modernidade, inspirado no modelo francês nas formas e com materiais e de acordo com o que exige o consumidor brasileiro. Alguns plásticos rígidos a mais, detalhes em cinza ou cromados e aparência muito boa; na versão avaliada, a Intense, os bancos são de couro sintético, mas de bom resultado final. Se tiver bancos de tecido, há apliques em tom marfim nos bancos, parte inferior do painel e das portas; com couro, tudo é preto.

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O volante é diferente do francês, e o grupo de instrumentos tem velocímetro digital e conta-giros analógico, com luzes de aviso de “motor frio” e “motor quente” no lugar do termômetro. A tela central do multimídia Media Nav é de sete polegadas e incorpora controles do som, Bluetooth, GPS e indicações de condução eficiente.

Renault CAPTUR 2017. Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Renault

Outras boas novidades são ar-condicionado automático de funcionamento bem silencioso; retrovisor esquerdo convexo de duas zonas e chave presencial em formato de cartão para acesso e partida por botão. O comando elétrico dos vidros é one touch nos quatro. A posição de guiar alta e a visibilidade dianteira são ótimas.

Renault CAPTUR 2017. Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Renault

Na traseira, o Captur tem bom espaço e banco confortável, com encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os passageiros, além de fixações tipo Isofix para cadeirinha infantil. O porta-malas é muito bom, com 437 litros O estepe fica posicionado abaixo da carroceria.

Alguma coisa dá para ser melhorada, como o volante que não tem regulagem de distância; falta de iluminação nos espelhos de cortesia dos para-sóis (um carro que vai agradar ao público feminino não pode ter essa falha) e os botões de controlador/limitador de velocidade e do modo de condução Eco fima mal localizados, abaixo do freio de estacionamento.

Na França, o Captur está adequado à outras características de mercado. Lá usa usa motores menores e sempre eficientes. Começa no três cilindros de 900 cm³ com turbo e 90 cv; 1.2 turbo com 120 cv e turbodiesel de 1.5 com 90 ou 110 cv. No Brasil os motores são flex, SCE 1.6 Nissan e o F4R de 2 litros, o mesmo do Duster atual.

Esse motor 2.0 é bastante eficiente, mas antigo. Foi lançado aqui em 2001, no Scénic. Melhor seria usar o Nissan que equipa o Fluence, que tem acionamento do comando de válvulas por corrente (o F4R usa correia dentada), bloco de alumínio mais leve e já é acoplado a uma caixa de câmbio CVT, também mais atual que a Renault automática de quatro marchas, que também é velha conhecida dos tempos do Scénic. Mas é uma questão de custos. A tração integral é disponível no carro da Rússia — o fabricante não vê demanda suficiente aqui, embora afirme que a engenharia está feita para eventual interesse do mercado.

Do Duster, o Captur repete a suspensão traseira com eixo de torção e freios a tambor, e direção com assistência eletro-hidráulica, enquanto boa parte de seus concorrentes já usa assistência elétrica. Boa evolução é o uso de rodas aro 17 e pneus 215/60. O Captur tem o maior vão livre do solo da categoria, de 212 mm.

No primeiro contato, a impressão é boa. AUTO&TÉCNICA dirigiu o Captur Intense por cerca de 100 quilômetros no evento de lançamento à imprensa especializada. O percurso passou por trânsito urbano peado e trechos de estrada. O carro é confortável, os bancos acomodam bem, volante corretamente posicionado e aparência de luxo e bom acabamento está por todos os lados.

Dada a partida e D engatado, fica claro que motor e câmbio -mesmo já um tanto antigos- estão adequados ao compromisso do modelo. O câmbio está bem calibrado, com funcionamento suave e engates corretos. Também bem ajustadas estão as suspensões, que garantem conforto e mantem baixo o nível de ruído. A Renault garante que o isolamento acústico foi bastante cuidado no Captur.

Os dados de desempenho do Captur Intense (de 1.352 kg) com álcool são: aceleração de zero a 100 km/h em 11,1 segundos. O Zen manual (1.273 kg) faz isso em 11,9 s a menos que o Zen manual (1.273 kg), que tem 28 cv a menos de potência. É o câmbio… O consumo também é penalizado, marcando na estrada menos de 8 km/litro com etanol.

O Captur Zen vai disputar mercado com Ford EcoSport Freestyle (1.6, 110/115 cv, R$ 79.150), Hyundai Creta Pulse (1.6, 123/130 cv, R$ 78.290) Honda HR-V LX (1.8, 140/139 cv, R$ 79.900), Jeep Renegade Sport (1.8, 135/138 cv, R$ 79.490), Peugeot 2008 Griffe (1.6, 115/122 cv, R$ 78.790) e Renault Duster Dynamique (1.6, 118/120 cv, R$ 75.290). Todos esses com câmbio manual.

Já o Renault Captur Intense automático briga com os seguintes automáticos: Ford EcoSport Titanium (2.0, 140/147 cv, R$ 93.550), HR-V EX (1.8, 139/140, R$ 93.000), Hyundai Creta Pulse (2.0, 156/166 cv, R$ 92.490), Jeep Renegade Longitude (1.8, 135/138 cv, R$ 90.000), Peugeot 2008 Griffe (1.6, 115/122 cv, R$ 82.490), Renault Duster Dynamique (2.0, 143/148 cv, R$ 83.540), Nissan Kicks SL (1.6, 114 cv, R$ 90.000), e Suzuki Vitara 4All (1.6, 126 cv, R$ 90.000).


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