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Mercedes AMG GT chega com 510 cv e 310 km/h

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Apresentado com a merecida pompa nas instalações da AMG em Affalterbach, o segundo modelo da divisão de veículos de alto desempenho da Mercedes (depois do agora clássico SLS AMG) é o primeiro carro da marca que abandona o nome -Benz- do fundador, e tem como missão brigar com esportivos como Porsche 911 ou Jaguar F-Type.

O novo AMG GT compartilha alguns detalhes com o SLS AMG, mas é o primeiro a usar o novo motor 4.0V8 com dupla sobrealimentação, o que, segundo Tobias Moers, CEO da AMG, “posiciona a Mercedes de forma ainda mais agressiva do que foi até hoje.”

Para que o cliente do AMG GT possa escolher, a Mercedes oferece o cupê em duas versões: GT e GTS, a mais potente. Diferenças visuais entre os dois? Rodas, pára-choques e saídas de escapamento. E mais nada. Debaixo do capô as coisas mudam.

MOTOR

O motor é o novo M178 (código interno desse motor), 4.0V8 que foi desenvolvido a partir do zero, e tem injeção direta e dois turbos. Graças à colocação das turbinas entre as duas bancadas de cilindros e a proximidade dos catalisadores, o motor é muito compacto, reduz as emissões e otimza a resposta do acelerador. Destaque ainda para o cárter seco e para a montagem atrás do eixo dianteiro, o que faz do AMG GT um esportivo de motor central dianteiro.

Números? O 4.0V8 do GT tem 462 cv a 6000 rpm, torque máximo de 60 mkgf entres 1600 e as 5000 rpm, emite 216 gr/km de CO2 e tem consumo médio de 10,7 km/litro. Acelera de zero a 100 km/h em 4 segundos, alcança os 304 km/h e tem relação peso/potência de 3,33 kg/cv (pesa 1540 kg). O GTS tem 510 cv a 6250 rpm, torque de 65 mkgf entre 1750 e 4750 rpm, emite 219 gr/km de CO2 e tem um consumo médio de 10,6 km/litro. Chega aos 310 km/h e acelera de zero a 100 km/h em 3,8 segundos, com relação peso/potência de 3,08 kgs/cv (1570 kg).

O AMG GT é mais curto que o SLS em 92 mm, tendo a mesma largura e é mais alto 27 mm. Ou seja, tem 4546 mm de comprimento, 1939 mm de largura e 1289 mm de altura. O chassis é feito de alumínio e, segundo a Mercedes, pesa apenas 231 kg, ajudando a diminuir o peso total do carro para os 1540 kgs do AMG GT. Por ter eliminado as portas tipo “asa de gaivota”, conseguiu, também, baixar o centro de gravidade do carro.

TECNOLOGIA

A tração é traseira, sendo a potência levada até as rodas por meio de uma revista caixa de câmbio Getrag de dupla embreagem com sete marchas, a mesma que era usada no SLS. Tal como no modelo anterior, a caixa está montada junto ao eixo traseiro para permitir a melhor distribuição de peso: 47% na frente e 53% atrás, sendo que esta divisao é proposital, pois em movimento a massa se move para a frente e o AMG GT fica assim nos perfeitos 50%/50%, o que ajuda também a estabilidade nas frenagens.

A caixa de câmbio tem modo automático e manual e quatro ou cinco modos de uso, conforme a versão AMG GT ou AMG GTS: Controlled Efficency, Sport, Sport Plus e Individual, sendo que o Race é exclusivo do GTS. Os dois recebem diferencial autoblocante, mas se o AMG GT se contenta usa uma versão mecânica, enquanto o AMG GTS dispõe de uma unidade eletrônica que a AMG garante oferecer maior sensibilidade ao variar o bloqueio em aceleração e nas curvas.

Tecnologias desenvolvidas pela AMG para o SLS AMG Black Series chegaram ao AMG GT. Por exemplo, os coxins de motor com amortecimento, para evitar movimentos indesejados do motor em fortes acelerações, o que melhora o comportamento do carro. Há também apoios especiais da transmissão, igualmente amortecidos, que variam o nível de amortecimento e de controle do movimento.

SUSPENSÕES

As suspensões são de dupla triângulo sobrepostos na frente e eixo independente multibraços atrás, feitas quase que totalmente de alumínio. A direção é eletro-mecânica com sistema de alteração dos níveis de assistência de acordo com a velocidade e aceleração lateral. O ESP tem três estágios de controle, e a Mercedes e a AMG dizem que oferece um comportamento muito mais neutro e fácil nos limites do que o SLS AMG.

A frenagem do AMG GT está garantida por discos de 360 mm na frente e atrás (em aço ventilados e perfurados), que passam para 390 mm no caso do AMG GT S, mas o cliente pode encomendar a opção de carbono-cerâmica, cujos discos passam para impressionantes 402 mm na frente mantendo os 360 mm atrás, com pinças de seis pistões no eixo dianteiro.

Para conectar tudo isto ao piso, o AMG GT está equipado com rodas de 19 polegadas calçadas com pneus 255/35 na dianteira e 295/35 na traseira, sendo que o AMG GTS mantém as rodas aro 19 na frente, mas com pneus 265/35, enquanto atrás as rodas passam para 20 polegadas com pneus 295/30. Muito bem calçadas. Neste particular, o AMG GT pode ser encomendado com pneus  Michelin Pilot Sport Cup2, parte de um opcional caro batizado de “AMG Dynamic Plus Pack”.

MERCADO

A Mercedes não divulgou a distância entre-eixos do AMG GT, mas a marca alemã afirma que o carro será muito mais ágil que o SLS AMG e que, em termos de estilo, o carro foi desenhado para ser mais contemporâneo, não abrindo mão do longo capô e da traseira curta. Aliás, a tampa do porta-malas não é mais uma tampa, e sim uma porta, e há também um spoiler traseiro ativo, que se ergue para aumentar a força descendente em velocidade. O desenho é clássico e muito semelhante à mistura de Porsche 911 com Jaguar F-Type. Com esta proposta menos agressiva, a AMG conseguiu que a utilização do carro no dia a dia fosse melhorada, o que era uma das dificuldades do SLS AMG, rivalizando com o 911. Assim, o AMG GT tem porta-malas com 350 litros de capacidade e fácil acesso.

Alguns jornalistas poderão questionar o lançamento deste AMG GT, mas este carro é, antes de mais, instrumento para mudar a imagem da marca e reduzir a idade média dos seus clientes, deixando de ser uma marca de “tiozão” para passar a ter uma imagem jovem e radical, com produtos para todos os gostos. Tudo começou com o CLA, que muitos não viram muita utilidade, mas que segundo a Mercedes, já cumpriu o seu papel ao reduzir em 10 anos a idade média dos seus compradores em relação à média da marca, onde para 80% dos clientes ainda é uma pura conquista.

Quanto ao mercado onde o AMG GT vai brigar, trata-se de uma área muito povoada e que viu as vendas caírem de 35 mil para as 25 mil unidades/ano, assistindo-se agora a uma ligeira recuperação. Mas é um segmento altamente rentável, e isso explica o interesse de várias marcas pelo setor.

Os rivais do AMG GT em mercados de Primeiro Mundo são o Porsche 911, o Jaguar F-Type, a nova linha de produtos McLaren P13, o novo Ferrari 458, o novo Aston Martin V8 (que usa a mecânica e parte elétrica do AMG GT), o novo Audi R8 e mais alguns produtos de produção artesanal. Ou seja, a Mercedes não está muito preocupada com as vendas, e sim com a imagem.

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