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Novo Escândalo: Audi, Porsche e Volkswagen assumem outra fraude

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A subsidiária da Volkswagen nos Estados Unidos informou à EPA (agência de proteção ambiental) que existem no mercado norte-americano pelo menos 85 mil carros com motor V6 3.0 TDI equipados com um software de manipulação ilegal de emissões de CO2. Em comunicado, o grupo alemão disse que estão envolvios modelos da Audi (A6, A7, A8, Q5 e Q7), Porsche (Cayenne) e Volkswagen (Touareg) produzidos entre 2009 e 2016. O responsável de comunicação da Audi nos Estados Unidos, Jeri Ward, esclareceu que o dispositivo é diferente daquele utilizado no 2.0 TDI, não especificando, no entanto, de qual forma.

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Por outro lado, a imprensa alemã divulgou uma investigação em que a Bosch está sendo alvo por parte do departamento de justiça dos Estados Unidos. Seria difícil a Volkswagen criar estes recursos fraudadores sem ajuda da Bosch. As autoridades estão avaliando se o fabricante do referido siftware de manipulação de emissões sabia ou participou ativamente no processo criminoso com o Grupo VW. Um porta-voz da Bosch afirmou que, por enquanto, não existem provas de que a Bosch não violou a lei. Bom lembrar que, quando o “escândalo” se tornou píblico, a Bosch defendeu-se de imediato, dizendo que: “a forma como os componentes são calibrados e integrados nos sistemas do carro é da responsabilidade de cada fabricante”. Algo como “eles mandam, nós fazemos”, o que não exime a marca de autopeças de cumplicidade no crime.

Com o desvendar destes novos capítulos do “Dieselgate”, a VW já vai fazendo cortes nos investimentos. Um dos modelos confirmados há algumas semanas, a segunda geração do Phaeton, será um dos sacrificados. Em comunicado, a marca anunciou que adiará ou cancelará projetos que não sejam inteiramente necessários. Assim, o sedã top de linha, que deveria ganhar uma versão elétrica na nova geração, só deverá se tornar realidade no final da década. Este anúncio surge pouco tempo depois de Matthias Müller, o chefão da VW, ter admitido que este é um modelo necessário para os mercados asiáticos. Ao todo, a VW pretende poupar cerca de US$ 14 bilhões por ano para tentar sobreviver. Fica a ser esclarecido se estes cortes terão implicação direta em modelos previstos para 2016, como o novo Golf, Audi Q5 e a van Crafter.

  


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