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Hot Wheels BMW 507, para os fãs de Elvis

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Dois anos de muito trabalho e oito etapas de restauração depois, a BMW 507 que pertenceu a Elvis Presley ficou pronta, exibindo todo o seu esplendor. O modelo, um dos 254 produzidos, foi uma das atrações do concurso de elegância de Pebble Beach, nos Estados Unidos, em 2016.

E onde a Hot Wheels entra nessa história? A empresa lançou uma miniatura desse modelo, na sua tradicional escala 1/64. Os fãs de Elvis mais observadores vão notar que essa miniatura chegou ao mercado em duas cores: branco e vermelho, que aparecem nas fotos acima. Justamente as cores que marcaram esse carro do Rei do Rock. Ele comprou a sua branca, enquanto estava na Alemanha servindo ao exército, e depois a pintou de vermelho, como veremos a seguir. Resumindo: por menos de R$ 40 você pode ter essa dupla, que faz referência indireta a Elvis, na sua vitrine.

Foi uma ideia genial de alguém de dentro da Mattel/Hot Wheels. Se fossem licenciar com a Elvis Presley Enterprises para fazer um conjuntinho, custaria uma fortuna. Melhor soltar assim no mercado, avulsas, para bons entendedores…

por Ricardo Caruso

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O 507 esteve abandonado num armazém na Califórnia até 2014, quando a BMW o resgatou. Passou por oito processos de recuperação, incluindo a reconstrução do motor, para voltar ao estado de zero quilômetro. Foram precisos dois anos para que voltasse ao estado original.

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O modelo foi fabricado em 1957 e comprado por Elvis em 1958, período de o seu serviço militar na Alemanha que durou até 1960. Foi o próprio Elvis que chegou guiando o carro em sua casa em Bad Neuhein, perto de Frankfurt, momento imortalizado por  diversas fotos do cantor com a Miss Hessen da época, Ursula Siebert.

O carro não regressou aos Estados Unidos com o cantor, mas foi posteriormente enviado pelo exército americano para Graceland, a casa do Rei do Rock em Memphis, Tennessee. Como a BMW 507 de Elvis foi adquirida nos Estados Unidos direto da marca alemã, era na verdade um carro usado em testes, e teve o motor trocado e recebeu um novo pára-brisa antes de ser entregue ao cantor; a transmissão também foi mudada, e tudo isso transforma o carro numa raridade ainda maior.

Elvis a manteve branca durante um bom tempo, mas depois nos Estados Unidos mandou pintar de vermelho. Elvis cansou das mulheres escrevendo o número de telefone no carro com batom, por isso mandou pintá-lo de vermelho. Ele gostava tanto desse carro que o levou dos Estados Unidos para a Alemanha e depois o recebeu de volta nos Estados Unidos. Em 1962 o Rei a negociou com uma concessionária Chrysler de Nova Iorque.

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O proprietário seguinte a modificou para participar de corridas de dragster e, em 1968, vendeu a BMW para um engenheiro da California, Jack Castor, que pretendia restaura-la. Isso não aconteceu e desde então ela ficou guardada num galpão. Há pouco mais de dois anos, Castor decidiu fazer a restauração e mandou o carro para Munique, sede da BMW, para que fosse recuperada. O trabalho completo de restauração, consumiu dois anos, e pode ser acompanhado pelos visitantes do museu da BMW.

Nas especificações originais, o 507 estava equipado com um motor 3.2V8 de 150 cv e  caixa de câmbio manual de quatro velocidades.

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A última BMW 507 vendida em leilão no concurso de elegância de Amelia Island alcançou US$ 2 milhões. Esta de Elvis, com toda a história que carrega, deve valer o dobro. Afinal, Elvis Presley -o Rei do Rock- agrega muito valor a tudo. O carro permanece em exibição no museu da marca, na Alemanha.


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