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TEST DRIVE: Subaru XV, o eficiente Impreza “adventure”

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Os SUVs estão na moda. Quando são menorzinhos, são rebatizados de crossovers. Aqui no Brasil -guardada as devidas distâncias para o mundo moderno- modelos como Renault Sandero e Volkswagen Crossfox são velhos conhecidos e tentam participar meio na marra desse segmento. A questão é que, quando um modelo da marca Subaru entra nessa fatia de mercado, tudo se redefine e fica mais empolgante.

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A razão é simples. A Subaru sempre investiu pesado na tração integral de seus automóveis, seja para garantir maior estabilidade, seja para buscar melhor desempenho no fora de estrada. A partir dos velhos Leone dos anos 1970, passando pelos conhecidos Legacy e Impreza até chegar nos carros atuais, a marca japonesa sempre se caracterizou pela qualidade e refinamento mecânico.

Tudo isso reencontramos no XV, a versão aventureira do Impreza hatch Esse carro foi lançado no Japão em 2012 e no Brasil foi mostrado no Salão de São Paulo de 2014. Custa hoje cerca de R$ 110 mil, o que não é muito se considerarmos o motor de 2.0, tração integral, câmbio automático CVT e a tração nas quatro rodas, entre outros mimos de engenharia. É um carro praticamente sem concorrentes diretos no nosso mercado, sendo um rival de peso, por exemplo, para o Jeep Renegade Sport, que custa vai de R$ 106 mil a 129 mil, com motor 2.0 turbodiesel, câmbio automático e tração integral.

Muita engenharia

Sempre afirmamos que os Subaru são carros para quem gosta de apreciar engenharia automotiva. Além do que já listamos, os Subaru contam com motor boxer, de cilindros horizontais opostos, configuração muito rara hoje em dia. Está nos Porsche e se celebrizou com os Fusca e derivados. O XV usa motor 2.0 de 16 válvulas, e apresenta funcionamento bastante suave e silencioso. A potência máxima é de 150 cv, com torque máximo de 20 mkgf, dados muito bons para a cilindrada.

 

A marca tem investido no câmbio automático CVT, de variação contínua, e no XV não podia ser diferente. O câmbio impressiona pela suavidade de funcionamento e calibragem. O peso é de 1.415 kg, normal para o porte do carro, com relação peso/potência de 9,4 kg/cv, que é um pouco elevada. A potência específica também não é nada surpreendente, com 75 cv/litro. A velocidade máxima é de 187 km/h, com aceleração de zero a 100 km/h em 10,7 segundos.

Pelo seu jeitão “adventure”, a suspensão não podia ser esquecida pela Subaru. E não foi. O com junto é outro dos destaques do carro, que pode enfrentar um fora de série médio. Usa sistema multilink na traseira e comporta-se bem na terra ou no asfalto, com estabilidade bem controlada, auxiliada pelos bons pneus Yokohama 225/55-17, de uso misto mas com baixo nível de ruídos de rodagem. Em piso ruim, tudo tranquilo também. O vão livre do solo é de 22 cm e a tração integral é automática, não precisando de intervenção do motorista para atuar.

Os freios a disco nas quatro rodas são perfeitamente dimensionados para o compromisso do pequeno SUV, enquanto a direção de assistência elétrica mostra bom acerto, o que somando tudo transforma o XV num carro agradável de dirigir. Dá para rodar no dia a dia, viajar com conforto ou enfrentar trechos de terra. Há controles eletrônicos de estabilidade e tração, que podem ser desativados. Os faróis de xenônio são perfeitos, com lavador, indicado para o uso pós estradas enlameadas.

Discreto

O XV pouco lembra o Impreza hatch normal, mas não perde a discrição e sensação de robustez. Nada de apliques de plástico que induzam a características off road. Tem apemas molduras plásticas nas bordas dos paralamas (unidas por um acabamento nas caixas de ar) e rack no teto. Estepe pendurado na tampa traseira? Nem pensar. Como todo Subaru, privilegia mais a função que a forma, e apresenta acabamento bem cuidado em todos os aspectos, por fora e por dentro.

Entre os itens de série do XV, ajuste elétrico do banco do motorista, ar-condicionado automático bizone, vidros/travas/espelhos elétricos, bancos e volante revestidos de couro, cintos de segurança de três pontos em todos assentos, computador de bordo, cruise control, controle de estabilidade, controle de tração, faróis de xenônio no baixo, faróis de neblina, fixação de cadeirinha infantil Isofix, rodas de alumínio aro 17 , seis airbags e teto solar com controle elétrico. A garantia é de cinco anos.

Painel e interior

O painel tem desenho muito agradável, e o grupo de instrumentos permite leitura clara. Ao centro do painel há fica o computador de bordo, que mostra a temperatura de óleo, informações do ar-condicionado, indicador que exibe a distribuição de torque entre os eixos (deixa registrado por meio minuto qualquer variação) e dados de consumo. Na posição habitual, fica o sistema multimídia, com rádio/CD Player/MP3 e Bluetooth, e mais abaixo, conexões USB e auxiliar. A tela é touchscreen de sete polegadas.

E não é só. A chave é do tipo presencial (para abertura das portas e partida), há vários porta-objetos, aviso de qual porta está aberta, câmera de ré, pedaleira esportiva e apoio para o pé esquerdo, descansa-braços centrais na frente e atrás, difusor de ar para a traseira, quatro alças de teto, maçanetas internas cromadas, vidros traseiros que descem por inteiro e sistema de partida em rampa.

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Muito bom o espaço no banco traseiro, enquanto o porta-malas -com cobertura- tem suficientes 310 litros de capacidade. O estepe usa pneu menor, aro 17 mas na medida 185 (os pneus normais são 225), para ocupar menos espaço.

Mesmo com a desvalorização do real, seu preço está dentro do que o carro oferece. Uma boa opção para o dia a dia ou para agradar sua mulher, que sonha em ter um SUV na garagem.. Vale a pena conhecer o Subaru XV antes de fechar negócio com outro modelo e marca.


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