LANÇAMENTO: Kia Rio 1.6
Depois de anos de idas e vindas, finalmente a Kia pensou grande e apresentou no Brasil a quarta geração do hatch compacto Rio, que chega em duas versões, ambas com motor 1.6 flex: LX, por R$ 70 mil, e EX, por R$ 79 mil. Uma curiosidade. A primeira geração do Rio, lançada em 1998, substituiu o Pride, que foi vendido em alguns mercados como Ford Festiva e em outros como Mazda 121.
por Marcos Cesar Silva
O motor é o mesmo 1.6 16 válvulas flex do HB20, com 123 cv de potência máxima e 16 mkgf de torque também máximo, abastecido com gasolina; com etanol, oferece 130 cv e 16,5 mkgf. A transmissão automática de seis velocidades é padrão. O Rio mede 4,06 metros de comprimento, 1,72 m de largura e 2,58 m de entre-eixos. A capacidade do porta-malas é de 325 litros. O hatch pesa 1.141 kg.
O Rio chega para disputar espaço com o novo Chevrolet Onix, Fiat Argo, Hyundai HB20 -com quem compartilha motor- e Volkswagen Polo, entre outros.É fabricado em Pesquería, no México, e traz garantia de cinco anos ou 100 mil km; desde o ano 2000, já teve mais 6,7 milhões de unidades vendidas pelo mundo.
As duas versões usam as mesmas rodas de alumínio, de aro 15, e as diferenças entre ambas estão nos detalhes: o EX usa faróis com refletores mais sofisticados, luzes diurnas por leds e facho auxiliar que se movimenta de acordo a posição do volante, itens que estão ausentes no LX. Na traseira, câmera de ré; o porta-malas, com 325 litros de capacidade, está entre os maiores da categoria. O estepe é do tipo temporário, fino.
Por dentro, o acabamento é bom e de qualidade nas duas versões mostram acabamento de boa qualidade; volante do EX tem revestimento de couro e banco em material sintético (a proibida expressão “couro sintético”). Os bancos são confortáveis e o espaço interno suficiente, típico dos hatches de sua categoria, acomodando quatro adultos. O banco traseiro tem encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes e fixação Isofix, além de ser bipartido.
O grupo de instrumentos não inventa muito e é de boa leitura, enquanto o sistema de ar condicionado automático (de uma zona) funcionou bem o tempo todo da avaliação. O comando elétrico do vidro do motorista tem função one-touch, os demais não.
A parte mecânica se mostra conservadora, o que é uma vantagem em termos de durabilidade e manutenção, sem deixar de ser eficiente. O eixo traseiro é de torção e freios a disco só na dianteira. O motor responde sempre bem em acelerações e retomadas, e a caixa de câmbio está bem escalonada. O nível de ruído é muito baixo, demonstrando o cuidado da Kia com o isolamento acústico e consequente conforto.
Os freios também estão corretos para o compromisso d carro e a estabilidade em nada compromete. Nos trechos de piso mais irregular, a suspensão isolou bem as irregularidades e manteve a boa sensação de conforto de marcha adequado. Com o tanque de míseros 45 litros, os motoristas irão frequentar bastante os postos, em especial se usarem etanol.
Neste primeiro contato demonstrou, o Kia Rio mostrou ser um carro honesto em todos os aspectos. Não é um esportivo, é um simpático hatch familiar, equipado com motor conhecido (Hyundai e Kia fazem parte do mesmo grupo industrial) e chegou com bom nível de equipamentos e recursos. Vai conquistar seu espaço no mercado, mas sem incomodar os concorrentes nacionais, por conta da diferença de volumes disponíveis.
Versões e Preços
• Rio LX (R$ 70 mil) – Ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, câmera traseira de ré, multimídia com tela de 7 polegadas e integração com Android Auto e Apple Car Play, computador de bordo, controle eletrônico de estabilidade e tração, direção assistida, faróis com acendimento automático, faróis de neblina, fixação Isofix para cadeira infantil, monitoramento de pressão dos pneus e rodas de alumínio aro 15.
• Rio EX (R$ 79 mil) – Acrescenta ao LX ar-condicionado automático, bancos revestidos de material sintético, volante revestidos de couro, controlador de velocidade, luzes diurnas por leds e retrovisores com rebatimento elétrico.