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LIGAÇÃO RENAULT-HITLER CUSTOU CARO

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Hitler e Renault em 1937: amizade custou caro.

Os oito netos do fundador da Renault perderam a ação diante da justiça francesa, contra o confisco e nacionalização da empresa em 1945; o Tribunal de Apelação de Paris se declarou incompetente para avaliar o caso.

A decisão do Tribunal em relação ao pedido de indenização significa uma nova derrota para os herdeiros do fundador da marca francesa. Após esta decisão, os representantes legais dos herdeiros não disseram se vão ou não recorrer para o Supremo Tribunal francês para tentar esgotar todas as vias legais da questão.

A denúncia dos herdeiros de Louis Renault foi formalizada em 2011 pelo advogado Thierry Lévy, com a intenção de aproveitar-se de um resquício legal que permite a um particular solicitar um parecer de inconstitucionalidade sobre uma disposição legislativa naquele país.

A expropriação de Louis Renault, avô dos queixosos, foi feita sob a alegação de suposta colaboração com o regime de ocupação nazista durante a II Guerra Mundial, e foi acusado de ter usado o potencial produtivo da empresa para a máquina de guerra alemã.

Os oito herdeiros, que têm entre 32 e 66 anos, questionam a veracidade dessa acusação, tomada a partir de um projeto de decreto de meados de novembro de 1944, semanas depois de o fundador da Renault, proprietário de 96,8% da empresa, ter morrido na prisão.

O advogado Thierry Lévy argumentou que a nacionalização que supôs a expropriação da Renault foi feita infringindo o princípio de que não se pode confiscar um bem de uma pessoa falecida.

Nesta batalha jurídica, os netos de Louis Renault asseguraram que a sua motivação não é financeira, depois de uma vitória simbólica conseguida em julho de 2010.

O Tribunal de Apelação de Limoges aceitou, naquela época, o pedido dos netos para mandar retirar de uma exposição uma foto do avô junto de Adolf Hitler no Salão Automóvel de Berlim em fevereiro de 1939, que servia para ilustrar a dita “colaboração econômica” com o regime nazista.


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