Mais de meio século depois, Brasil continua esperando pelo Mustang
O lançamento da recente geração do Mustang em 2014 foi um grande e esperado sucesso para a Ford, que tem neste esportivo taxa de aceitação bastante elevada na maioria dos mercados em que é comercializado. Um desses exemplos longe dos Estados Unidos está no Reino Unido, em que o tempo de espera pelo modelo é de seis meses. No Brasil, mesmo passados mais de meio século do lançamento do carro, até hoje a Ford estuda se vai trazer ou não o pony car para cá.
Claro que não é um carro de grandes volumes de vendas, mas é o investimento da marca no melhor cartão de visitas possível, que no mínimo vai atrair muita gente às concessionárias para ver de perto o carro e associa-lo, de maneira inconsciente, aos outros produtos à venda. Verdadeiro chamariz e objeto de desejo. Como a Chevrolet faz aqui com o Camaro.
De acordo com os jornalistas especializados, o sucesso do Mustang deve-se à sua chegada a novos mercados, em especial Europa e Oriente Médio, batendo concorrentes tradicionais como o Audi TT num mercado tão disputado e difícil como o alemão.
Disponível em quase uma centena de países -menos o Brasil- o novo Mustang conta com motores 2.3 EcoBoost (também utilizado no Focus RS) e V8, este mais alinhado com o histórico do Mustang, cujo sucesso é impressionante qualquer que seja ângulo que se observe. Na Austrália, por exemplo, o tempo de espera por um Mustang com motor V8 é de 10 meses, enquanto a versão com motor de quatro cilindros tem tempo de espera de nove meses.
A este respeito, a procura tem sido particularmente elevada nos mercados com automóveis de volante na direita, como no Reino Unido, onde o carro não chegava antes. Prova disso é que 27.000 unidades de volante na direita já foram vendidas no espaço de apenas um ano desde o início da produção desta versão, no cômputo dos diversos mercados.
Colin Massey, diretor de vendas na Ford Middlesbrough, no Norte de Inglaterra, explica que o Mustang “tem sido um enorme sucesso” para a marca, com cerca de “três a quatro encomendas por semana”. Atendendo a essa demanda, a Ford está tentando aumentar o número de unidades produzidas, em especial de modelos com volante à direita.
“Excedemos todas as expectativas na sua totalidade. Estamos garantindo clientes satisfeitos em regiões diferentes”, afirmou Carl Widmann, engenheiro-chefe do Mustang, expressando também a intenção de aumentar a produção para atender mais mercados. De qualquer forma, o novo Mustang tem feito enorme sucesso no mercado europeu, com destaque para o britânico, onde já vendeu cerca de 4400 unidades, ou o alemão, no qual já se comercializaram quase 6000 veículos. O Brasil fica assistindo de longe.