Marca Toyota é a mais valiosa entre os automóveis: US$ 21,6 bilhões
Em estudo feito pela Millward Brown, empresa de pesquisa de marketing, chama-se “BrandZ Top 100 Most Valuable Global Brands” e coloca na frente das indústrias automobilísticas a Toyota, avaliada em US$ 21,6 bilhões, valor que cresceu 21% em relação a 2013.
“A Toyota continua a ser muito inteligente no cuidado com sua marca, e a destaca por meio da qualidade e do valor, mantendo a ecologia na ordem do dia com a sua lidetrança nos híbridos”, afirmou o diretor do estudo, Peter Walshe. Além disso, a marca continua gerindo muito bem os recalls de carros defeituosos, corrigindo seus efeitos, em especial nos grandes recolhimentos de 2009 e 2010. “A sua reputação encolheu um pouco naquela altura, mas a Toyota continuou recuperando esse problema de forma impressionante”, explicou Walshe.
O fato de ser vista cada vez mais como uma marca não estrangeira nos mercados onde interessa ter uma imagem forte também ajuda, como na China, por exemplo. “É verdade que há alguma dificuldade de vender carros japoneses na China, mas a Toyota começa a ser vista como uma marca respeitável e aceitável, devido aos muitos postos de trabalho que criou nos Estados Unidos e Reino Unido. Claro que também é conhecida pela qualidade de seus produtos, apesar dos recalls” finalizou Peter Walshe.
A Toyota alcançou o primeiro lugar em sete dos nove anos em que o estudo tem sido feito, sendo as exceções os anos de 2010 e 2012. A marca que mais cresceu neste estudo foi a Ford com 56% de crescimento, valendo US$ 11,8 bilhões, valores comparados com 2013. Segundo o estudo, a Ford foi bem sucedida em satisfazer as expetativas individuais dos seus clientes, tanto nos Estados Unidos como em escala global, fazendo pesquisas e desenvolvimentos distintos, como a célula de combustível; informação e entretenimento a bordo e outras tecnologias oriundas de competições. Tudo feito da forma que mais interessa ao consumidor.
“A Ford usou sua tecnologia em diferentes países e mercados, e os consumidores gostam da marca porque ela faz as coisas que lhes interessam e da forma mais eficaz para eles. Esta é uma área onde a Ford tem trabalhado muito bem”, prosseguiu Walshe. O segundo lugar neste estudo ficou com a BMW, cujo valor subiu 7%, indo para US$ 25,7 bilhões; a Mercedes ficou no terceiro lugar, avaliada em US$ 21,5 bilhões (mais 20% que em 2013), ficando a Honda com o quarto lugar, com US$ 14,1 bilhões; a Ford é a quinta marca mais valiosa.
Curiosamente, a única marca no top 10 deste estudo que perdeu valor foi a Volkswagen, que desvalorizou 4%, valendo agora US$ 8,4 bilhões. Foi esta a causa para a sua descida no ranking para o sétimo lugar, enquanto que em 2013 ela era a sexta mais valiosa. Esta situação é resultado de um programa não muito bem sucedido nos Estados Unidos e a pressão dos preços na China, que impediram um melhor resultado. “O recuo da VW é resultado do fraco desempenho financeiro, particularmente na China onde, apesar do aumento de volume, a marca vende com reduzidas margens, tendo conhecido no Brasil forte recuo nas vendas dos carros mais rentáveis” prossegue o estudo.
Por sua vea, a Audi foi a marca alemã Premium que mais cresceu, indo para o sétimo lugar, com crescimento de valor de 27% para os US$ 7,1 bilhões. “Ao passo que o luxo é exportado para os mercados de massas, aquilo que traduz o luxo e aquilo que representa, ainda está nas características dos três grandes alemães. É impressionante como BMW, Audi e Mercedes, oriundas do mesmo pais, conseguem ser razoavelmente diferentes pelo fato de prestarem atenção ao detalhe, pensando muito no consumidor dos seus produtos. Depois, impressiona saber que a personalidade de um consumidor Audi continua diferente daquele que possui um Mercedes que, por sua vez, é diferente do cliente BMW”, lembrou Walshe.
A Nissan (US$ 11,1 bilhões), Chevrolet ( US$ 4,9 bilhões) e Hyundai ( US$ 4,6 bilhões) ficaram, respetivamente em 6º, 9º e 10º lugares. A Chevrolet fez a sua estréia neste ranking e das 10 marcas mais valiosas, a VW, Audi, Chevrolet e Hyundai, não têm lugar nas 100 marcas globais mais valiosas, classificação liderada pelo Google e cujo valor é de US$ 158,8 blhões de dólares, seguida da Apple, que vale agora US$ 147,9 bilhões.