Classic Cars

Mercedes-Benz: os 80 anos da 170 V

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Foi há exatos 80 anos que um dos antepassados do Mercedes-Benz Classe E foi apresentado: o Mercedes-Benz 170 V. A estréia aconteceu durante o “International Automobile and Motorcycle Exhibition” (IAMA) em Berlim, Alemanha, em 15 de fevereiro de 1936.

Depois de muito tempo, a Daimler-Benz apresentava um modelo totalmente novo: o 170 V (W 136). Era um carro muito moderno para a época, que marcou os períodos antes e após a II Guerra Mundial (a produção terminou só em agosto de 1953).

O sucesso foi imediato, tornando-se no veículo de passageiros com maior sucesso da marca: 91.048 unidades produzidas até o final de 1942, por causada eclosão da Guerra. A explicação desse sucesso deve-se às várias versões de carroceria disponíveis: limusine de duas portas, limusine de quatro portas, cabriolet de quatro portas, roadster, Cabriolet A, Cabriolet B, “open tourer” e até um furgão para aplicações comerciais. Mas não só: a sua base foi também usada para versões esportivas e veículos militares.

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O grande destaque do 170 V foi a abordagem totalmente nova no desenho que os engenheiros desenvolveram. O chassis foi baseado numa estrutura em “X” oval tubular, que era mais rígida à torção e 80 kg mais leve do que a estrutura de perfil retangular anterior, usada no Mercedes-Benz 170 (W 15) de 1931; o peso total foi reduzido em cerca de 100 a 120 kg dependendo do tipo de carroceria.

Em termos mecânicos, o 170 V usava um novo motor de quatro cilindros com cilindrada de 1.700 cm3 e potência de 38 cv; tinha dois cilindros a menos, mas potência superior ao anterior motor de seis cilindros de 32 cv. A velocidade máxima também era 18 km/h maior que a do modelo anterior.

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Outra das razões para o sucesso deveu-se ao seu conforto: o 170 V proporcionava condução muito suave, com boas características para fazer viagens longas. Isso era assegurado pela suspensão independente e também pelo espaço interior. Isso deveu-se ao sistema de apoio sofisticado do motor: o “motor flutuante”, como era conhecido oficialmente, montado na estrutura em dois pontos, fazendo com que as características de vibração do motor de quatro cilindros fossem bastante próximas do motor de seis cilindros.

Após a II Guerra Mundial, a Daimler-Benz pediu autorização às forças de ocupação aliadas para retomar a produção, e em maio de 1946 começaram a sair das linhas de montagem furgões, pickups e ambulâncias baseadas no 170 V: os tipos de veículos mais importantes para o dia-a-dia naqueles tempos de destruição.

A produção de veículos de passageiros recomeçou em julho de 1947 e só terminou em agosto de 1953; entre esses anos, a empresa produziu mais 49.367 unidades do modelo.


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