Michael Schumacher: três anos de silêncio e mistério

“Schumacher não consegue andar”. Estas foram as últimas palavras confiáveis sobre o real estado de saúde de Michael Schumacher, e saíram da boca do seu advogado, Felix Damm, no último dia 19 de setembro. O advogado argumentava perante o juiz no decorrer de um processo movido pela família Schumacher contra a revista alemã “Bunte”, que publicou uma matéria afirmando que o antigo piloto de Fórmula 1 já conseguia caminhar e erguer os braços com a ajuda dos seus terapeutas.

Depois disso, silêncio novamente. O ex-piloto de Fórmula 1, que completará 48 anos dia 3 de janeiro, prossegue a sua recuperação, que continua envolta em mistério e secretismo. Tanto a família como a equipa médica mantêm-se em silêncio. Isso levantou até a suspeita entre os fãs e jornalistas de que ele havia falecido há tempos.

Dia 29 de dezembro se completou três anos desde o acidente de esqui que paralisou Schumacher e o levou para uma cama. Uma luta pela vida, sem fim à vista e que é a sua maior batalha de todos os tempos.

É muito restrito o número de pessoas que conhece a verdadeira situação do alemão. A família tem feito de tudo para se resguardar. A informação é muito escassa e Sabine Kehm, porta-voz da família, tem mantido forte controle sobre as notícias e nega rapidamente qualquer informação, positiva ou negativa. Quase tudo o que se diz carece de confirmação oficial, que raramente acontece.

“A saúde do Michael não é um assunto público e, como tal, vamos continuar a não fazer qualquer comentário”, afirmou há dias Sabine Kehm. “Temos de proteger a sua esfera íntima. Do ponto de vista legal, qualquer comunicado diminuiria a extensão da sua esfera íntima”, sustentou.

Enquanto isso, Mick Schumacher segue os passos do pai e já supera etapas na sua caminhada rumo à Fórmula 1. Foi vice-campeão na Fórmula 4 alemã e italiana e, em 2017, vai para a F”ormula 3, a ante-sala da Fórmula 1, com a Mercedes acompanhando de perto o jovem de 17 anos.