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Milhares de carros chineses vão para o fundo do mar

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Entre os mais de 3000 automóveis a bordo do navio “Morning Midas” que se incendiou na costa do Alasca há cerca de um mês (veja aqui) e acabou naufragando, estavam 680 modelos híbridos e 70 elétricos, todos de marcas chinesas.

da Redação

Morning Midas incêndio

Histórias de navios que naufragaram, levando com eles para o fundo do mar toda a sua carga, não são exatamente inéditas. Três anos depois do “Felicity Ace”, que transportava milhares de modelos do Grupo Volkswagen, ter se incendiado ao largo da costa açoriana, a história se repetiu com contornos muito semelhantes. Desta vez, no entanto, as “vítimas” foram modelos chineses.

O navio Ro-Ro “Morning Midas”, de 183 metros de comprimento, que fazia a ligação entre a China e o México, afundou no oceano Pacífico no dia 23 de junho, a cerca de 580 km da costa, após um incêndio deflagrado a bordo dia 3 de junho.

O “Morning Midas” transportava 3.159 automóveis, dos quais 680 modelos eram híbridos e 70 eram elétricos. De acordo com a operadora, Zodiac Maritime, o fogo terá começado, precisamente, no porão onde se encontravam os automóveis elétricos. Os 22 membros da tripulação ainda tentaram conter as chamas, mas sem sucesso, acabando por abandonar o navio.

No dia 23 de junho último, o navio submergiu, levando com ele todos os automóveis a bordo, incluindo modelos das marcas Great Wall Motors e Chery. Segundo estimativas do Anderson Economic Group, as perdas diretas em bens materiais estão estimadas em cerca de US$ 121 milhões (R$ 656,8 milhões). No entanto, o impacto econômico total poderá passar dos US$ 559 milhões (R$ 3,03 bilhões), tendo em conta os efeitos provocados em toda a cadeia logística.

Este é o terceiro incidente do gênero em poucos anos. Ao lado do “Felicity Ace” e do “Morning Midas”, junta-se o “Fremantle Highway”, outro navio Ro-Ro que foi destruído por um incêndio em alto mar. No entanto, conseguiram evitar que ele afundasse e agora a embarcação está sendo reconstruída.

Ao todo, estes três incidentes destruíram cerca de 11 mil veículos. No total, estimam-se prejuízos à volta dos US$ 1,8 bilhões (R$ 8,7 bilhões).


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