Tecnologia

Motores elétricos nas rodas prontos para entrarem em produção

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Motores elétricos montados junto às rodas estão prontos para entrar em produção, desenvolvidos pela britânica Protean Electric. Apesar de parecer uma grande novidade, sempre bom lembrar que há mais de 100 nos, entre 1900 e 1905, o Lohner-Porsche usava esse conceito, inicialmente nas rodas dianteiras e, depois, nas quatro rodas.

A ideia era tão boa que, quase 70 anos depois, a Boeing e a NASA aplicaram os princípios desse projeto no Lunar Roving Vehicle, o “jipe lunar” que fez parte do Projeto Apollo.

Trazida para os dias de hoje, esta ideia pode trazer diversos benefícios para os veículos sem emissões poluentes, pois os motores elétricos nas rodas do Protean Drive System anunciam ganhos consideráveis em nível do espaço e peso para estes automóveis

Após oito anos de desenvolvimento, o Protean Drive System está pronto para entrar em produção. Esta solução para veículos sem impacto ambiental, com a incorporação de motores elétricos nas rodas, poderá ser utilizada em diversas configurações, equipando veículos com duas ou quatro rodas motrizes e também híbridos.

Além disso, poderá transformar carros elétricos que já estejam nas ruas apenas com tração dianteira ou traseira, em automóveis com tração integral. Esta tecnologia apresentada pelos britânicos da Protean Eletric poderá ser a primeira utilização comercial desta tecnologia em veículos de passageiros (a Schaeffer e a Ford, por exmplo, criaram em 2013 protótipos do Fiesta com este sistema), embora já existam aplicações em viaturas pesadas.

Este é um “pacote completo”, que inclui o motor elétrico, o imã permanente e toda a eletrônica exigida para o seu funcionamento. No site da empresa consta que este sistema tem potência de 54 kW (72 cv), que pode ser elevada no máximo aos 75 kW (100cv), o que significa interessantes 200 cv de potência para um modelo com tração em duas rodas. Isto com dois motores elétricos nas rodas que tenham dimensões de 16,5 polegadas de diâmetro e 4,5’ polegadas de largura.
 
Entre as vantagens estão desde a eliminação da transmissão e do eixo da transmissão, bem como a utilização mínima de fiação, o que ajuda a reduzir o peso. Segundo apuramos, um par destes motores elétricos nas rodas acusa apenas 72 kg na balança, marca inferior em 30 kg ao total de 102 kg, por exemplo, da motorização do BMW i3.

Entre os destaques do sistema estão também a eliminação das perdas friccionais de energia por meio da transmissão entre 6% e 8%, num modelo com duas rodas motrizes. Esta situação tem também o benefício de melhorar a capacidade de regeneração da energia nas acelerações e frenagens.

A empresa utilizou um protótipo do Volkswagen Golf para testes, com ajustes específicos para a suspensão, tendo constatado funcionamento com eficácia similar ao do e-Golf. A versão de produção deste componente será fabricada na China, inicialmente com volume baixo, situado entre 5 a 10 unidades por semana.

Como sempre acontece com estas novidades, o preço elevado acaba sendo o maior obstáculo, mas o objetivo é diminuir o preço em comparação com as diferencial com as soluções convencionais, para tornar os motores elétricos nas rodas do Protean Drive System uma solução mais sedutora do ponto de vista econômico.

Interessante saber que o mundo já está buscando inovações e soluções para os carros elétricos ou híbridos, realidade em vários mercados, mas assunto proibido entre as montadoras que operam no Brasil. Aqui o consumidor será sangrado até o fim, ou pelo menos enquanto aceitar tecnologias superadas e carros que não passam em testes de segurança.

 


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