MOTO&TÉCNICA: Salão Duas Rodas traz otimismo ao setor
Começou no dia 14 e vai até o dia 19 o Salão Duas Rodas. O evento alterna ano com o Salão do Automóvel e não acontece mais no superado Anhembi, e sim no moderno São Paulo Expo.
por Marcos Cesar Silva (texto e fotos)
O Salão começou retratando o otimismo das fábricas e importadores, que apostam num 2018 com crescimento nas vendas depois de seis anos seguidos de retração, período em que as vendas anuais despencaram de 1,94 milhões em 2011 para menos de 1 milhão em 2016 e menos de 900 mil projetados para 2017.
A Honda, líder de mercado, levou como principal novidade a Honda Biz 125. Entre as motos grandes, destaque para a X-ADV, com motor de 748 cm3 e câmbio de dupla embreagem. Isso sem contar a grandalhona GL 1800 Gold Wing.
A Yamaha foi para o Salão Duas Rodas com dois lançamentos de baixa cilindrada, a Fazer 250 ABS e a XTZ 150 Crosser Z. A primeira chega às lojas no próximo mês, por R$ 14.990. A Fazer 250 tem novas suspensões, quadro redesenhado e pelo motor flex, com 21,5 cv de potência com etanol. A Fazer 250 ABS tem garantia de quatro anos, que é a maior do segmento, enquanto o seguro custa de R$ 1.250 e R$ 1.350, conforme a cidade. A nova XTZ 50 Crosser Z é voltada para o fora de estrada, com para-lama dianteiro mais alto e outras mudanças. Desembarca nas concessionárias no primeiro trimestre do ano que vem,e seu preço ainda não foi definido.
Para a Harley-Davidson, foi uma possibilidade de mostrar lançamentos como a Road Glide, em três diferentes versões. A moto ganhou nova carenagem, criada em túnel de vento. A Softail Slim foi outro destaque no estande da marca americana.
Até outubro, a Harley-Davidson vendeu 4.400 motos, alta de 14,5% sobre o mesmo período do ano passado.
A BMW levou ao Salão a G 310 GS, cujas vendas se iniciam em fevereiro, e o preço não foi divulgado, mas deverá estar na faixa dos R$ 25 mil. Já a BMW HP4 Race, é uma esportiva com 215 cv, quadro de fibra de carbono e preço fixado em R$ 490 mil. A produção é limitada em 750 unidades e só cinco virão ao Brasil.
A brasileira Dafra exibiu dois modelos de baixa cilindrada. A Apache ganhou novo visual e trocou o motor de 150 para 200 cm3, enquanto a Next 250 passou 300. A empresa não divulgou a data de inicio das vendas e nem preços. A Dafra até outubro registrou queda nas vendas de quase 40% comparada com o mesmo período de 2016.
A empresa também detém os direitos de produção e vendas da KTM, que renovou a 390 Duke, com mudanças no quadro e suspensões e, agora, freios ABS são de série.
A J.Todelo trabalha as marcas chinesas Haojue e Kymco. Da haojue a novidade é a urbana DK 150, com vendas que começam no mês que vem porR$ 6.290. Para o ano que vem devem chegar os scooters Kymco Agility 200 e AK 550. Os produtos das duas marcas são montados em Manaus e vendidos na rede Suzuki. A falta de motos de baixa cilindrada da Suzuki fez a J.Toledo buscar alternativas nas marcas chinesas.
Já a Indian sucumbiu à crise e não monta mais nenhuma moto em Manaus. Cancelou a produção local, que era feita na Dafra, e agora só importa seus modelos. Sua maior novidade é a Scout Bobber, com o mesmo motor de 1.133 cm3 usado em outras versões, ao preço de R$ 49.990.