Naufrágio: quais carros estão descansando no fundo do mar?
Apesar do navio “Felicity Ace” ter naufragado na costa dos Açores há cerca de um mês, só agora se conseguiu saber exatamente o que estava a bordo da embarcação, que saiu do porto de Emden, na Alemanha, em 9 de fevereiro de 2022, tendo os Estados Unidos como destino.
No total, afundaram com o “Felicity Ace” cerca de 4000 veículos e, apesar de ser possível consultar o seu manifesto de carga, a verdade é que há uma diferenças nos números anunciados antes e aqueles que podemos ver no documento.
por Marcos Cesar Silva
A justificativa para isso parece estar relacionado com o fato de que só a carga com destino aos Estados Unidos foi aparentemente mencionada, com a restante tendo como destino outros países, como o Canadá ou o México.
Já se sabia que a maioria dos carros a bordo do navio pertencia ao Grupo Volkswagen, incluindo modelos da Audi, Bentley, Lamborghini, Porsche e SEAT, mas havia mais veículos a bordo. O “Felicity Ace” transportava também tratores e guinchos para gruas, como também outros automóveis, de clientes particulares.
Entre estes estavam um BMW Série 7 2007, um MINI Countryman, um Land Rover Santana 1977 e ainda um Honda Prelude SiR 1996 que, segundo um post do seu proprietário no Facebook, seria apenas a 65.ª unidade produzida da quinta geração do modelo e que estaria a caminho dos Estados Unidos para ser restaurada.
Neste grupo de automóveis particulares, o “Felicity Ace” transportava também um Porsche Cayenne 2015, um Ford Mustang 2015, um Kia Soul 2014, um Nissan Versa Note 2018 e um Volkswagen Jetta 2017.
A ampla maioria de veículos naufragados são, no entanto, do Grupo Volkswagen. Apesar de não vender nos Estados Unidos, havia três SEAT Ateca a bordo, com destino ao México.
Naufragaram também cerca de 1100 Porsche, mas neste documento contam-se apenas 589 carros da marca e, ao contrário das restantes marcas do Grupo alemão, não estão identificados; a Porsche identifica apenas as fábricas onde são produzidos.
Assim, é possível saber que descansam agora no fundo do Atlântico 126 Cayenne (feitos na Bratislava) e 23 unidades ou do 718, 911 ou Taycan (todos eles feitos em Zuffenhausen). Zuffenhausen volta a ser citada, com mais 25 unidades, praticamente todas referentes ao Taycan, devido ao peso médio declarado de cada unidade acima de duas toneladas; e, por fim, 19 unidades vindas de Leipzig, onde são produzidos o Macan e o Panamera. Um dos poucos Porsche descriminados é um 718 Boxster GTS 4.0.
A Lamborghini também foi seriamente afetada, já que transportava 15 unidades do Aventador Ultimae, o final da produção do superesportivo italiano, levando o fabricante a reiniciar a produção deste para cumprir seus compromissos. Além do Aventador, jazem no fundo do oceano 20 Huracán e 50 Urus.
A Bentley tinha anunciado a perda de 189 carros no total, apesar dos números revelarem uma unidade a mais quando somamos os 77 Bentayga, 38 Continental GT, 50 Continental GT Convertible e 25 Flying Spur.
A Audi parece ser a marca mais afetada no naufrágio do “Felicity Ace”, com 1944 unidades perdidas. Entre eles encontramos o A5 (nas três carrocerias), o Q3 e Q3 Sportback, o TT e também os elétricos e-tron, e-tron Sportback e e-tron GT.
A Volkswagen registra a perda de 561 unidades, contando de Golf ao elétrico ID.4, passando pelos comerciais Caddy e Transporter (T6),