O hot rod da nova era: Sbarro Eight
Fundada em 1971 por Franco Sbarro, a empresa suíça Sbarro iniciou-se no mundo do automóvel com a produção de réplicas, inicialmente do Lola T70 e, posteriormente, do BMW 328 e Ford GT40, entre outros. O negócio cresceuexpandiu, até que iniciou a produção de automóveis próprios, em pequenos volumes, sempre com grandes inovações.
por Marcos Cesar Silva
Franco Sbarro fundou ainda a Espera Sbarro, uma escola para futuros técnicos em automóveis. Ali desenvolvem do zero vários protótipos, desde o desenho até à construção do modelo em si, tal como este Sbarro Eight. Por norma, são construídos dois protótipos, um para ser apresentado no “Mondial de l’Automobile” (Salão de Paris) e o outro para ser mostrado no Salão de Genebra.
Tal como o Sbarro Grand Prix, o Eight é também uma colaboração entre a escola Espera e a empresa de telecomunicações Orange, com desenho que fica no meio termo entre um Hot Rod e um avião bombardeiro, com os painéis de carroceria bastante retos e angulosos. Por incrível que possa parecer, este carro foi desenhado e construído em apenas 40 dias (no Brasil 40 diasé o tempo em que você leva para receber o orçamento de algum funileiro…), com uma equipe de 24 pessoas, e apresentado no Salão de Paris de 2012, há nove anos.
Tal como os outros protótipos da Sbarro, o chassis é tubular, envolto numa carroceria de fibra de vidro, tudo produzido no instituto Espera. Para valorizar o desenho exterior, foram montadas quatro rodas OZ Racing Ultraleggera, calçadas com pneus Michelin Pilot Sport 245/40 ZR19 na frente e Bridgestone Potenza RE050 305/35 ZR20 na traseira.
O Sbarro Eight é completamente funcional e, para fazer andar esta obra de engenharia, está um motor 3.2V8 Maserati TwinTurbo, levando os 368 cv de potência máxima para as rodas traseiras. Este motor veio de um Maserati 3200GT que teve um acidente grave e terminou seus dias num ferroi-velho, e assim foi dada uma nova vida a este fantástico motor.
A suspensão foi desenvolvida em conjunto com a AVO Performance, para tirar o máximo partido do chassi. Para a frenagem, foi aplicado o sistema do Peugeot 307.
O interior é também uma mistura do passado com o presente, com bastante madeira verdadeira. Os bancos são produzidos em fibra de vidro, com pequenas “almofadas” assimétricas em couro. As janelas laterais são fixas e, tal como o para-brisas, são produzidas em acrílico de alta resistência.