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OPEL APRESENTA SEU PLANO DE SALVAÇÃO

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A crise que assola a Europa apenas respinga aqui no Brasil. A situação por lá é tão grave que ameaça todo o mercado de automóveis, e com isso tradicionais marcas tentam buscar soluções para sobreviver ao problema. Agora a GM apresentou seu plano de 10 anos para recuperar a Opel e recolocar a marca alemã no seu devido lugar. Trata-se de um projeto audacioso e ambicioso, como o momento exige.

opel

Apesar das dificuldades do mercado europeu e as previsões pessimistas de pelo menos uma década difícil pela frente, a GM quer revitalizar a Opel nos próximos 10 anos. Na verdade, Steve Girsky, presidente e CEO da GM Europe, espera que a Opel esteja ganhando dinheiro na metade desta década de recuperação.

O plano de recuperação da Opel foi apresentado por Girsky e Thomas Sedran, vice-CEO da GM Europe, e foi aprovado pelo “board” da corporação há seis semanas. No plano, a Opel (e a subsidiária britânica Vauxhall) terão de encontrar forma de cortar cerca de US$ 500 milhões de custos fixos até o meio da duração do plano. Além disso, irá lançar 23 novos modelos e 13 novos motores entre 2013 e 2016 e terá em suas unidades de produção modelos que não sejam nem Opel nem Vauhxall, especulando-se que poderão ser produzidos os Buick destinados à China e alguns dos Chevrolet produzidos ainda na Coréia. A recente aliança com o grupo PSA também será aprofundada.

O plano de recuperação da GM é denominado “Drive 2022” e, segundo Steve Girsky, ratifica o compromisso da GM com a Opel/Vauhxall, afastando de forma definitiva os rumores de que a GM desejava vender a centenária marca alemã. Ficou claro também que a Opel necessita gerir custos, melhorar a linha de produtos e atualizar sua gestão. Segundo Grisky, resolvendo estes problemas, o resto é fácil de acertar.

Segundo os autores deste novo plano de restruturação da Opel, pela primeira vez não há “esperança incluída na estratégia definida”, apoiando-se em diretrizes bem concretas e numa progressão em três fases. Assim, a Opel irá diminuir a diferença entre custos e receitas, oferecer novos carros, motores e tecnologias e, assim, alcançar o “break even” em 2016 e os lucros em 2020.

Ainda parte desta estratégia está a aposta nos veículos comerciais, na melhoria das vendas na Rússia e atingir os 90% de ocupação de todas as fábricas. Este último detalhe é importante, pois uma fábrica de automóveis dá lucro quando está com uma capacidade de produção entre os 75 e 100%. Muitas marcas europeias estão claramente abaixo disso.

No final da apresentação, Steve Girsky afirmou que parte do trabalho apresentado no “Drive 2022” já foi feito, com a Opel apresentando seis novos modelos em 2012, vendas superiores a um milhão de unidades em 2012, redução dos estoques, reconfiguração da produção do Astra (de três para duas fábricas), a decisão de fechar a fábrica de Bochum em 2016 e chegar ao terceiro lugar entre as marcas à venda na Europa.

Com tudo isto, Girsky prevê que a Opel vá chegar, finalmente, ao tão sonhado porto seguro em 2022.


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