Renault apresenta conceito com motor a hidrogênio
Enquanto aqui no Terceiro Mundo algumas montadoras tentam convencer o consumidor de que carro elétrico é uma bobagem e que devemos nos contentar com o etanol como alternativa, no Primeiro Mundo a história é bem diferente. Por enquanto, pouco se sabe sobre este novo protótipo da Renault, mas a marca francesa afirmou que vai contar com um motor a hidrogênio.
por Ricardo Caruso
E isso foi tudo o que pudemos saber do protótipo que a Renault vai apresentar em maio. É fácil perceber que o carro adota o estilo do desenho dos modelos contemporâneos da marca. Antecipado junto com a apresentação de resultados da marca francesa, este conceito da Renault ainda não tem nome oficial, mas já se sabem algumas poucas coisas sobre ele.
Desenhado sob a direção do novo diretor de estilo da Renault, Gilles Vidal, e com apresentação marcada para maio próximo, este protótipo “faz parte do objetivo recentemente anunciado de atingir o mix de energia 100% elétrica até 2030“.
Sobre este protótipo, o diretor executivo da Renault, Luca De Meo, afirmou: “Em breve vamos lançar um protótipo. Queríamos materializar a nossa visão de sustentabilidade baseada em três pilares —segurança, inclusão e meio ambiente— num só produto”.
O mais interessante é que, de acordo com Luca De Meo, este conceito dará origem a um modelo de produção, ressalvando que “quando fazemos protótipos na Renault, queremos transformá-los em carros reais”.
Hidrogênio como combustível
Apesar de a Renault afirmar que este protótipo é parte integrante do seu objetivo de eletrificação, não deixa de ser intrigante que esteja equipado com um motor a hidrogênio. E não se trata de um veículo elétrico equipado com um sistema “fuel cell” ou de célula de combustível a hidrogênio, como acontece, por exemplo, com o veículo comercial da Renault, a Master Van H2-TECH. Neste caso, o hidrogênio armazenado num tanque de alta pressão reage com o oxigênio do ar, o que gera a energia elétrica de que o motor elétrico necessita (energia essa que fica armazenada numa bateria).
No caso do novo protótipo da Renault, é usado um motor de combustão interna que, ao invés de usar gasolina como combustível, recorre ao hidrogênio. Uma solução que já vimos antes, e que está sendo colocada em prática por vários construtores. Praticamente é um passou adiante em relação aos híbridos e elétricos.
A Toyota já competiu com um Corolla com motor a hidrogênio e apresentou um protótipo do GR Yaris que também queima hidrogênio, e não gasolina.